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Espanha com “uma defesa como a Itália e um ataque como o Brasil” e a Bélgica com as memórias de 1980

Rumo ao Euro 2024 estão “o melhor médio do mundo”: Rodri e o duo belga Jérémy Doku e Romelu Lukaku. Todos querem brilhar na Alemanha. “Somos 11 jogadores que dão tudo o que têm, que defendem como a Itália e atacam como o Brasil, lembra Rodri. Do lado Belga, também não há dúvidas:“todos querem ganhar”.

Espanha é uma nação a tentar tornar-se a equipa mais condecorada da história do Campeonato Europeu.

“Duvido que outra seleção ganhe um Euro e um Campeonato do Mundo, porque é muito difícil. Mas a Espanha fê-lo. A seleção já tinha uma base muito sólida com Xavi. Com o Puyol. Com o Iker Casillas. O Iniesta, o Silva, o Ramos. Foi uma fusão do Barça e do Real Madrid. Essa seleção marcou uma era, porque criou o estilo de jogo que nunca tínhamos visto.” (Sergio Ramos jogador da seleção 2005-2021)

Criada sob o sucesso inigualável dos seus ídolos de infância, a geração atual vai querer conquistar um quarto Campeonato Europeu este verão.

Vão ser liderados por uma superestrela de 27 anos e o central mais recente de um alinhamento emblemático de médios espanhóis: Rodrigo Hernández Cascante, vencedor da Liga dos Campeões e da Liga das Nações da UEFA.

“O melhor médio do mundo”

O seu percurso para o Euro começou nos humildes arredores do clube com sede em Madrid, o CF Rayo Majadahonda.

“Acho que é o melhor médio do mundo. A nível psicológico ele era diferente. Como se diz em Espanha: Tinha a cabeça no lugar. Não conheço a nível mundial um jogador tão completo”. (Enrique Vedia, presidente honorário do clube)

Rodri vai ser a base de uma equipa liderada pelo treinador Luis de la Fuente que tem o seu próprio passado no Euro, nas camadas jovens.

O treinador de 62 anos ganhou o Campeonato da Europa Sub-19 e o Campeonato da Europa Sub-21. Juntamente com Rodri, levou Espanha ao último, em 2015.

“Para mim é o melhor médio-centro do mundo. É o número seis mais completo. Acho que ele se destaca em todas as facetas do jogo. Ele está no centro da nossa tática de jogo”. Luis de la Fuente

Rodri está entre uns incríveis 40% do atual alinhamento nacional que ganharam títulos jovens sob a tutela de La Fuente. Isto também inclui Mikel Merino e Mikel Oyarzabal, cujos clubes e carreiras internacionais estão intrinsecamente interligadas.

As estrelas das camadas jovens passaram agora para a equipa sénior.

O sucesso da Liga das Nações, em 2023, foi uma base importante, pois Espanha pretende recriar e emular a equipa dos La Roja que dominou o futebol internacional entre 2008 e 2012.

A defesa da Itália e o ataque do Brasil

“Temos a humildade que uma equipa precisa para voltar a ganhar. E acho que isso se nota. Somos 11 jogadores que dão tudo o que têm, que defendem como a Itália e atacam como o Brasil. Vamos encarar este torneio com tudo o que é necessário para ganhar, porque temos a mentalidade que é preciso para o fazer”. Rodri

A Espanha enfrentou a Croácia, Itália e a Albânia, num Grupo B de sonho. O empate de destaque, uma repetição da final de 2012 contra os atuais campeões, Itália, na segunda ronda de jogos do grupo.

Duas estrelas do futebol belga

O Royal Sporting Club Anderlecht é conhecido por aperfeiçoar o talento local. Talento que entra diretamente na seleção belga. Dois jovens que passaram por essa academia são as atuais estrelas Romelu Lukaku e Jérémy Doku.

“Foi muito importante para mim a para a minha carreira. Comecei aos 10 anos. O Anderlecht é mais do que um clube que nos guia em campo. Guia-nos academicamente e na nossa maneira de ser. Aprendi muito lá”. Jérémy Doku

“Tinha cerca de 12 anos quando cheguei. Sabemos imediatamente que estamos com os melhores jogadores belgas. Foi dificil. Mas reparei que estava a melhor em todos os aspetos”. Romelu Lukaku


A história em comum do duo levou a uma forte ligação entre os dois jovens. A sua parceria no ataque já provou ser o pilar da qualificação da Bélgica no Euro 2024.

Com Doku a fazer quatro assistências e Lukaku a marcar 14 golos, definiram o novo recorde de mais golos marcados numa época de qualificação do Europeu. O par ajudou os Diabos Vermelhos a permanecerem invictos, sob a liderança de Domenico Tedesco.

As memórias de 1980

Um Campeonato Europeu continua a ser um grande objetivo para a Bélgica, mas as memórias da sua época europeia mais bem-sucedida, em 1980, quando chegaram à final, continua a ser uma fonte de inspiração. Uma equipa liderada por Julien Cools.

“Volto sempre a recordar, a cada quatro anos. O Euro de 1980 o nosso melhor resultado de sempre”. Julien Cools

Depois de derrotarem os anfitriões do seu grupo, Itália, a Inglaterra e a Espanha a Bélgica enfrentou a Alemanha Ocidental, na final no Stadio Olympico.

Desde a época de Cools, a melhor classificação da Bélgica no Campeonato Europeu consiste em dois quartos de finais consecutivos.

Os Diabos Vermelhos possuem um talentoso plantel de jovens para levar ao Euro 2024, incluindo Charles De Ketelaere e Johan Bakayoko, assim como Doku.

“Temos muitos jogadores emocionantes. Muitos jogadores que melhoraram muitos nos últimos meses. Todos querem a vitória, mas, neste momento, temos que criar a atmosfera mais positiva possível”. Domenico Tedesco

Lukaku vai estar na linha da frente da tentativa belga de conquistar o seu primeiro Campeonato Europeu.

Vão começar a sua época no Grupo E contra a Eslováquia, antes de enfrentarem a Roménia, em Colónia, e, em Estugarda, vão jogar contra o vencedor da final B dos play-offs.