Europeias 2024

Sondagem: maioria dos europeus quer a Ucrânia na UE

Um estudo realizado para aferir a relação da sociedade portuguesa com a União Europeia conclui que quase metade é favorável à entrada de mais Estados-membros.

Sondagem: maioria dos europeus quer a Ucrânia na UE
Pavlo Vakhrushev / 500px

Em ano de Eleições Europeias e quase 40 anos depois da adesão de Portugal à CEE, uma sondagem quis perceber o que sabe a sociedade portuguesa sobre a União Europeia, como avalia o desempenho das instituições europeias, o quanto se sente ouvida e representada pelas instâncias europeias, o posicionamento perante temas-chave, como integração, políticas ou moeda única. O Barómetro da Política Europeia foi realizada pela DOMP, S.A. para a Fundação Francisco Manuel dos Santos.

Os inquiridos foram questionados sobre a adesão de mais Estados-membros e quais.

Quanto à hipótese de a UE abrir as portas à entrada de mais Estados-membros, 44,5% dos inquiridos mostram-se favoráveis - sobretudo homens, sem formação superior, com 55 ou mais anos. Em termos ideológicos, estão ao centro os que demonstram maior abertura ao aumento do número de Estados-membros (50,2%, por oposição a 18,9% à esquerda e 30,8% à direita).

Quando questionados sobre quais os novos Estados-membros que a UE deveria acolher, as respostas maioritária (58%) é a Ucrânia.

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Se amanhã houvesse um referendo sobre a adesão de Portugal à União Europeia, como responderia a sociedade portuguesa?

A esmagadora maioria considera que Portugal deve permanecer membro da família europeia (84,5%), ainda assim 8% votariam pela saída.


Ficha Técnica

Este relatório baseia-se num estudo realizado pela DOMP, S.A. para a Fundação Francisco Manuel dos Santos, no início de 2024. O universo do estudo é composto pelos residentes em Portugal continental, com 18 ou mais anos de idade, falantes de língua portuguesa, com telefone da rede fixa ou acesso à internet.

Foram realizadas 1107 entrevistas, correspondendo a um erro máximo amostral de 3% (para um nível de confiança de 95%). O trabalho de campo decorreu entre os dias 3 de janeiro e 1 de fevereiro de 2024.

As entrevistas realizadas via telefone (42%) apoiaram-se num questionário estruturado de perguntas abertas e fechadas, inserido num programa informático (C.A.T.I.) gestor das entrevistas. Foram também realizadas inquirições online (58%), a partir de uma plataforma de inquéritos específica para o efeito. A taxa geral de resposta foi de 61,4%.

A seleção dos números de telefone foi feita aleatoriamente a partir das bases de dados existentes, e a seleção dos inquiridos foi realizada através de quotas de sexo, grupo etário (três grupos: 18-34 anos, 35-54 anos, 55 e mais anos) e região (NUTS II Portugal continental).