Europeias 2024

Temido responde a Bugalho: "AD apresenta-se aos portugueses com um partido antieuropeísta "

O candidato da AD às europeias questionou as linhas vermelhas do PS em relação aos apoios para as europeias, nomeadamente do candidato socialista à Comissão Europeia, Nicola Schmit.

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Na resposta a Sebastião Bugalho, a candidata do PS às europeias, Marta Temido, garantiu que, sobre a família polícia do Partido Socialista, "não há qualquer hesitação": "Ao contrário daquilo que acontece com o Partido Popular Europeu e com AD".

Temido critica o facto de a coligação AD se apresentar aos portugueses com um partido antieuropeísta, o Partido Popular Monárquico, e "que quer fazer um referendo para sair da União Europeia".

"Estão sempre a tentar pô-lo [PPM] para trás das costas", disse a candidata do PS.

Aos jornalistas, afirmou ainda que a AD tem, no projeto político, "um conjunto de aspetos mal explicados", como a construção de muros na Europa, os direitos sexuais e reprodutivos das mulheres e a habitação.

A candidata defendeu que a solução de fechar fronteiras não funciona, acreditando que não há barreiras que impeçam "as pessoas em risco de vida" de procurar melhores condições de vida.

"Fechar fronteiras não funciona. Não há nada, nem muros, nem fronteiras fechadas que impeçam as pessoas que estão em risco de vida, ou pelo menos em risco de não ter uma vida digna, de poder procurar melhores condições", destacou

A candidata a eurodeputada falava aos jornalistas na Feira da Senhora da Hora, em Matosinhos, onde, segundo a agência Lusa, foi recebida da forma mais calorosa nestes primeiros seis dias de campanha.

O candidato Sebastião Bugalho questionou este sábado as linhas vermelhas do PS e criticou a vinda a Portugal do candidato socialista à Comissão Europeia, Nicolas Schmit, que se junta a Marta Temido.

"O importante (...) era o Partido Socialista português definir quais é que são as suas linhas vermelhas, porque o candidato Nicolas Schmit é apoiado e a sua eleição dependerá de governos na Europa, como o Governo de Malta, onde sim o aborto está criminalizado, pelo Governo socialista da Dinamarca, onde sim a deportação de imigrantes para países terceiros existe, e pelo Governo espanhol, onde sim há muros e fronteiras físicas nas suas fronteiras", disse o candidato.