Europeias 2024

Marta Temido: “Obviamente que não” foi inocente o ‘timing’ do plano para migrações

A candidata socialista sorri e tenta não responder diretamente aos adversários, mas sugere que a AD tem tentado “corrigir” posicionamentos para se distanciar da extrema-direita.

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Marta Temido afirma que o Governo quer usar o plano para as migrações para afastar uma aproximação da Aliança Democrática (AD) à extrema-direita. A cabeça de lista do Partido Socialista (PS) contou, esta terça-feira, mais uma vez, com a presença de Pedro Nuno Santos na campanha.

Não há dia que falhe o contacto com a população. Marta Temido, qual ‘raider’ de esplanadas, faz uma, duas, por vezes três, por dia.

Marta Temido até pode querer muito falar de Europa, mas acaba quase sempre na conversa de café e na atualidade que se impõe - neste caso o plano do Governo para as migrações.

“Nalguns pontos, há até uma tentativa de corrigir aquilo que possa ser essa leitura [de aproximação à extrema-direita]", diz a candidata socialista às eleições europeias, que considera que o ‘timing’ do anúncio deste plano do Executivo “obviamente” não foi inocente, mas não comenta a rapidez de Marcelo a promulgá-lo.

A ordem é para sorrir e não responder aos adversários de forma direta. A campanha socialista não quer perder a compostura à beira das eleições e comprometer a ideia de que se diferencia da AD pela positiva.

“Se a AD não tiver um bom resultado nestas eleições, vai fazer-lhe muito bem, pelo menos para adquirir alguma humildade”, afirma o presidente do PS, Carlos César, que participou na campanha em Braga, assim como o líder do partido, Pedro Nuno Santos.