Eutanásia

Líder do CDS-PP quer referendo sobre a eutanásia para alargar discussão

CDS veio criticar o Bloco de Esquerda depois do deputado José Manuel Pureza ter afirmado que viu com "estranheza" a posição da Ordem dos Médicos de recusar participar em qualquer processo sobre a eutanásia.

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De acordo com a edição do jornal Público desta sexta-feira, o Conselho Nacional da Ordem dos Médicos enviou uma carta ao presidente da Assembleia da República na qual informa que se recusará a participar em qualquer fase do processo da instituição de eutanásia.

Telmo Correia diz que o deputado José Manuel Pureza, em vez de fazer declarações "inaceitáveis", devia pedir à Ordem dos Médicos que viesse à Assembleia da República para discutir com o parlamento a posição que assumiu.

Já o líder do CDS-PP insistiu na realização de um referendo sobre a eutanásia para alargar a todos os portugueses a discussão do tema e não a cingir à Assembleia da República.

"Entendemos que a eutanásia não deve avançar e somos favoráveis a que haja uma auscultação generalizada da nossa sociedade através de referendo para que o povo português se possa pronunciar", afirmou aos jornalistas Francisco Rodrigues dos Santos.

O líder dos centristas sublinhou que "uma matéria desta natureza, que não estava nos programas eleitorais da maioria dos partidos que a propuseram, não deve ser discutida de forma centralista no parlamento, dentro dos corredores do poder, mas numa discussão alargada a toda a sociedade portuguesa", para haver "democracia participativa".

Francisco Rodrigues dos Santos reiterou a posição do partido contra a eutanásia, ao defender a vida, considerando-a um "homicídio a pedido" e uma "prática contra a medicina" que "abala a confiança nos médicos e no Serviço Nacional de Saúde".