A defesa de Rui Pinto pediu, esta segunda-feira, uma condenação com pena suspensa para o pirata informático, no âmbito do processo Football Leaks.
As alegações finais do processo terminam esta segunda-feira.
O coletivo de juízes do julgamento do processo agendou para 28 de abril a leitura do acórdão, numa sessão marcada para as 10:00.
Rui Pinto, de 34 anos, responde por um total de 90 crimes: 68 de acesso indevido, 14 de violação de correspondência, seis de acesso ilegítimo, visando entidades como o Sporting, a Doyen, a sociedade de advogados PLMJ, a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e a Procuradoria-Geral da República (PGR), e ainda por sabotagem informática à SAD do Sporting e por extorsão, na forma tentada. Este último crime diz respeito à Doyen e foi o que levou também à pronúncia do advogado Aníbal Pinto.
O criador do Football Leaks encontra-se em liberdade desde 7 de agosto de 2020, "devido à sua colaboração" com a Polícia Judiciária (PJ) e ao seu "sentido crítico", mas está, por questões de segurança, inserido no programa de proteção de testemunhas em local não revelado e sob proteção policial.
Rui Pinto “não é um criminoso", diz defesa
O advogado de Rui Pinto alega que o criador do Football Leaks já está a "pagar pelos alegados crimes", conta o jornalista da SIC Diogo Torres, em direto do Campus da Justiça, em Lisboa.
O jornalista da SIC refere ainda que, segundo o advogado, Rui Pinto deverá ser acusado de menos de 10 crimes dos 90 de que está acusado.
"O advogado disse lá dentro que Rui Pinto não é um criminoso, é sim um denunciante e responsável por ter trazido para o espaço público revelações para uma sociedade mais transparente".