Ataques aéreos contra a Faixa de Gaza mataram 23 pessoas, incluindo uma criança de oito anos e dois adolescentes, enquanto as forças israelitas mataram quatro militantes do Hamas que tentavam assaltar uma base do exército a norte de Gaza.
Naquele que foi o pior ataque, sete pessoas morreram quando um míssil atingiu uma casa na cidade de Khan Yunis (sul) numa altura em que os populares se juntavam alegadamente num escudo humano para protegê-la.
O porta-voz dos serviços de emergência Ashraf al-Qudra disse à AFP que dois adolescentes estavam entre os mortos e que pelo menos outras 25 pessoas ficaram feridas no ataque.
Uma criança de oito anos que ficou ferida no ataque acabou depois por morrer dos ferimentos.
Segundo testemunhas, um drone israelita fez um disparo de alerta, levando familiares e vizinhos a juntarem-se em torno da casa como um escudo humano.
No entanto, pouco depois, um F-16 disparou um míssil que destruiu o edifício.
Em resposta, o Hamas anunciou que "todos os israelitas" seriam alvos potenciais de retaliação.
As 27 mortes de hoje surgem horas depois de Israel anunciar o início da Operação "Limite Protetor", que visa acabar com os disparos contra o sul do país e destruir a infraestrutura militar do Hamas.
Cerca de 120 'rockets' foram hoje disparados contra Israel, 23 dos quais foram intercetados pelo sistema de defesa antimísseis, enquanto a maioria dos restantes caiu ao chão sem causar feridos ou danos.
A tensão entre Israel e as fações armadas palestinianas intensificou-se desde o desaparecimento, a 12 de junho passado, de três jovens israelitas na Cisjordânia, cujos cadáveres foram localizados há sete dias em Hebron.
A situação agravou-se ainda mais na semana passada, com o homicídio de um palestiniano de 16 anos, cujo cadáver queimado foi encontrado num bosque de Jerusalém, crime que a Polícia considera uma possível vingança de nacionalistas judeus.
Lusa