Gaza

Aviação israelita volta a lançar centenas de raides na Faixa de Gaza

A aviação israelita voltou a lançar, esta madrugada, centenas de 'raides' sobre a Faixa de Gaza, contra o Hamas, visando mais de 300 alvos, em retaliação pelos contínuos disparos de 'rockets', informou hoje um porta-voz do exército.

© Mohammed Salem / Reuters

"Visamos 322 alvos em Gaza durante a madrugada, elevando para 750 o  total de posições do Hamas atingidas pelo exército desde o início da operação",  disse Peter Lerner, citado pela agência AFP. 

A escalada de violência entre Israel e o movimento Hamas levou o Conselho  de Segurança das Nações Unidas a agendar para hoje uma reunião de emergência.

Segundo o porta-voz do exército, a aviação israelita atingiu bases de  lançamento de 'rockets', túneis e postos de comando do Hamas. 

"Nós vamos prosseguir com a nossa operação para exercer pressão sobre  o Hamas", apontou o mesmo responsável, sem descartar uma ofensiva terrestre.

"Mais de 20 mil soldados na reserva foram chamados, mas um ataque terrestre  será a última opção se acharmos necessário", acrescentou Peter Lerner. 

O exército anunciou que oito 'rockets' foram disparados, durante a noite,  a partir da Faixa de Gaza contra Israel de um total de cerca de 300 desde  o arranque, há três dias, da operação militar israelita. 

O movimento islamita Hamas, responsável pelos serviços de segurança  na Faixa de Gaza, possui aproximadamente dez mil 'rockets' no enclave palestiniano,  de acordo com o exército israelita. 

A operação aérea israelita contra o Hamas, lançada há três dias, fez  pelo menos 64 mortos, incluindo 14 na madrugada de hoje, a maioria dos quais  civis. 

A escalada de violência entre Israel e o movimento Hamas levou o Conselho  de Segurança das Nações Unidas a agendar para hoje uma reunião de emergência.

O encontro vai começar às 10:00 locais (15:00 em Lisboa) e contará com  a presença do secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, que irá apresentar  as informações mais recentes sobre a situação do conflito no terreno.  

Seguidamente, decorrerão, à porta-fechada, consultas entre os 15 membros  das Nações Unidas. 

A reunião foi marcada na sequência de um pedido feito por enviados árabes  à região. 

Esta reunião do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas  (ONU) tinha sido reclamada pelos palestinianos e pelos países árabes, e  também pelo próprio secretário-geral, Ban Ki-moon.