Carlos César, presidente do PS, acusa Luís Montenegro de não ter condições internas no PSD para exigir ao primeiro-ministro que aplique o questionário do mecanismo de escrutínio aos atuais membros do Governo.
Depois de António Costa ter pedido ao PS que seja "mais exigente" nas escolhas para o exercício de lugares públicos, Carlos César veio dizer a Luís Montenegro que este não está em condições de exigir ao primeiro-ministro que aplique o questionário aos atuais ministros e secretários de Estado.
O questionário criado por António Costa, na tentativa de estancar a crise das emissões de governantes, atravessou todas as conversas na comissão nacional do PS. Com os casos que abalaram o Governo a dividir os socialistas.
Sobre o já polémico questionário aprovado em Conselho de Ministros, Carlos César afirma que é um bom contributo.
Futuros governantes vão ter de dar resposta a 36 perguntas
O questionário de verificação prévia a preencher por convidados para ministros ou secretários de Estado tem afinal 36 (e não 34) perguntas, abrange os últimos três anos de atividades e estende-se ao agregado familiar.
As 36 perguntas estão dividas por cinco áreas - atividades atuais e anteriores, impedimentos e conflitos de interesses, situação patrimonial, situação fiscal e responsabilidade penal - e respondem a situações que recentemente levaram a demissões no Governo.