O Presidente da República afasta a hipótese de demissão do Governo para se formar um novo executivo com a mesma maioria socialista e sublinha que uma saída de António Costa levaria à dissolução do parlamento.
Marcelo Rebelo de Sousa diz que qualquer dos cenários seria insensato e recusa ser um fator de instabilidade. O primeiro-ministro também não vê qualquer necessidade de formar um novo Executivo.
Logo nos primeiros minutos de vida da maioria socialista, o Presidente da República avisou António Costa sobre o preço das grandes vitórias pessoais. Dez meses depois, vê-se obrigado a repetir o aviso à navegação: ou Costa ou nada.
“Eu já tornei claro uma coisa muito simples: se mudar o primeiro-ministro, há dissolução do Parlamento. Esta maioria formou-se com um primeiro-ministro”, afirmou Marcelo
Depois de já ter descartado a dissolução da Assembleia da República, o Presidente afasta agora o cenário de demissão do Governo. Mesmo que a hipótese em cima da mesa seja forçar António Costa a formar um novo Executivo.
Marcelo Rebelo de Sousa não tem dúvidas: qualquer das hipóteses seria insensata.
“O caminho que há é o Governo melhorar a sua governação, corrigir o que não está a correr bem para correr melhor”, defendeu.
Confrontado com as sucessivas polémicas e demissões no Governo, António Costa desdramatiza. Reconhece que tem havido algumas pedras no caminho, mas fala numa “fase ultrapassada”.
“Pronto, são situações que ninguém deseja (...) lamento, mas creio que é uma fase que está ultrapassada”, afirma.