No principal posto fronteiriço entre a Síria e o Líbano, o objetivo principal da paragem e revista aos carros é evitar a entrada de mais armas em solo sírio. O tabaco e o álcool são também produtos apreendidos.
O reforço da segurança nas fronteiras no norte da Síria foi acionado pelos confrontos entre os rebeldes, agora no poder, e os apoiantes do presidente deposto Bashar al-Assad.
No regresso a Nova Iorque, após uma missão de duas semanas no país, o enviado da ONU Geir Pedersen, apresentou, à porta fechada, aos membros do Conselho de Segurança, os piores receios sobre os próximos tempos na Síria.
“O risco de escalada em várias zonas da Síria é preocupante. A soberania da Síria, a sua unidade e integridade territorial devem ser restauradas e todos os actos de agressão devem cessar imediatamente”.
A nível humanitário, sublinha a ONU, o maior dos desafios será o regresso dos seis milhões de refugiados sírios. A maioria está na vizinha Turquia. Internamente, há sete milhões de deslocados. Os que já iniciaram o caminho de volta à terra natal encontraram povoações e casas destruídas pela guerra.
“Graças a Deus, pudemos regressar à nossa cidade. Mas ficámos chocados porque a nossa cidade está completamente devastada. (...) Não há nada do que é necessário para viver: esgotos, água, eletricidade, uma padaria, não há escolas (...). Não temos dinheiro para a reconstrução. O que é que vamos fazer?”, questionam.
Oficialmente, o Governo de transição mantém a promessa de realizar eleições livres e justas logo que a situação o permita.
A Damasco chegam diariamente delegações estrangeiras para reconhecer o novo poder sírio. Este sábado foi a vez do representante de um dos dois Governos da Líbia entrar no Palácio do Povo.
O ministro do Executivo de Tripoli que é reconhecido pelo Ocidente deixou promessas de cooperação e apoio à reconstrução síria a Ahmed al-Shaara, o comandante da coligação rebelde que derrubou o regime de Bashar al-Assad.