São as horas finais do chefe da diplomacia portuguesa em Israel, antes de seguir para a Cisjordânia, onde se vai encontrar com o Presidente da Autoridade Palestiniana. Paulo Rangel teve um encontro com o Presidente Israelita, a quem levou o compromisso português com a solução dos dois estados.
A visita do ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, acontece numa altura em que o cessar-fogo na Faixa de Gaza já permitiu a libertação de vários reféns que estavam há mais de um ano nas mãos do Hamas.
“É possível manter o cessar-fogo”
A comunidade internacional tem manifestado dúvidas na manutenção da paz, mas o ministro português está otimista.
"Julgo que é possível manter o cessar-fogo", considera Paulo Rangel. "Não vejo que o Hamas tenha interesse em reabrir a violência. Poderemos ter um encontro de vontades que levará a que no sábado se cumpra o que está estabelecido."
Paulo Rangel garante que o Estado português está a acompanhar atentamente a situação dos reféns com ligações a Portugal que continuam nas mãos do Hamas.
“Hamas não pode ser parte da solução”
Nesta entrevista ao correspondente da SIC em Israel, o ministro dos Negócios Estrangeiros diz que a Autoridade Palestiniana está a preparar-se para assumir o controlo da Faixa de Gaza, mas vai precisar de ajuda internacional, “especialmente no plano da segurança”.
"Mas há uma coisa que é evidente: o Hamas não pode ser parte da solução. Isto é uma posição clara do Governo português. O Hamas é uma organização terrorista", frisa Paulo Rangel.
Questionado sobre a ideia de Trump de construir a "Riviera do Médio Oriente", o ministro não assume posição e diz que quer preservar a capacidade de Portugal de falar com todas as partes.