Guerra no Médio Oriente

“Hamas não pode ser parte da solução” em Gaza, diz Paulo Rangel

O ministro dos Negócios Estrangeiros português está confiante na manutenção do cessar-fogo no Médio-Oriente e acredita que a libertação de reféns vai continuar. Paulo Rangel está em Israel, onde deu uma entrevista ao correspondente da SIC Henrique Cymerman.

Faixa de Gaza
Loading...

São as horas finais do chefe da diplomacia portuguesa em Israel, antes de seguir para a Cisjordânia, onde se vai encontrar com o Presidente da Autoridade Palestiniana. Paulo Rangel teve um encontro com o Presidente Israelita, a quem levou o compromisso português com a solução dos dois estados.

A visita do ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, acontece numa altura em que o cessar-fogo na Faixa de Gaza já permitiu a libertação de vários reféns que estavam há mais de um ano nas mãos do Hamas.

“É possível manter o cessar-fogo”

A comunidade internacional tem manifestado dúvidas na manutenção da paz, mas o ministro português está otimista.

"Julgo que é possível manter o cessar-fogo", considera Paulo Rangel. "Não vejo que o Hamas tenha interesse em reabrir a violência. Poderemos ter um encontro de vontades que levará a que no sábado se cumpra o que está estabelecido."

Paulo Rangel garante que o Estado português está a acompanhar atentamente a situação dos reféns com ligações a Portugal que continuam nas mãos do Hamas.

“Hamas não pode ser parte da solução”

Nesta entrevista ao correspondente da SIC em Israel, o ministro dos Negócios Estrangeiros diz que a Autoridade Palestiniana está a preparar-se para assumir o controlo da Faixa de Gaza, mas vai precisar de ajuda internacional, “especialmente no plano da segurança”.

"Mas há uma coisa que é evidente: o Hamas não pode ser parte da solução. Isto é uma posição clara do Governo português. O Hamas é uma organização terrorista", frisa Paulo Rangel.

Questionado sobre a ideia de Trump de construir a "Riviera do Médio Oriente", o ministro não assume posição e diz que quer preservar a capacidade de Portugal de falar com todas as partes.