Guerra no Médio Oriente

Ataques israelitas contra Gaza fazem mais de 970 mortos em 48 horas

Israel retomou a campanha de bombardeamento na Faixa de Gaza na segunda-feira à noite, após uma trégua de quase dois meses, iniciada em 19 de janeiro.

Ataques israelitas contra Gaza fazem mais de 970 mortos em 48 horas
Dawoud Abu Alkas

Os ataques israelitas contra a Faixa de Gaza causaram mais de 970 mortos em 48 horas, segundo um balanço divulgado esta quarta-feira pelo Ministério da Saúde do Hamas.

Desde o início da ofensiva, em outubro de 2023, foram mortas 49.547 pessoas na Faixa de Gaza, segundo o ministério, citado pela agência francesa AFP.

O exército israelita desmentiu, esta quarta-feira, um anúncio do Ministério da Saúde do Hamas segundo o qual um trabalhador estrangeiro da ONU teria sido morto e cinco outros feridos num ataque aéreo na Faixa de Gaza.

"Contrariamente a estas informações, o exército israelita não atacou um complexo da ONU em Deir el-Balah", declarou o exército num comunicado.

Questionado pela AFP, um porta-voz militar acrescentou que não tinha havido "qualquer atividade operacional" do exército na zona.

Israel retomou a campanha de bombardeamento na Faixa de Gaza na segunda-feira à noite, após uma trégua de quase dois meses, iniciada em 19 de janeiro.

Durante a trégua, o grupo extremista que governa a Faixa de Gaza desde 2007 trocou reféns israelitas por palestinianos detidos em Israel.

A trégua deveria ter sido seguida de uma nova fase, mas as duas partes não chegaram a um acordo sobre os respetivos termos.

"Voltámos à estaca zero"

A ofensiva israelita em Gaza seguiu-se a um ataque do Hamas em Israel, em 09 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos de 250 reféns que foram levados para Gaza.

A secretária-geral da Amnistia Internacional, Agnès Callamard, considerou que os ataques israelitas significam que o processo voltou "à estaca zero".

"O genocídio de Israel e os seus ataques aéreos ilegais já causaram um sofrimento humanitário sem precedentes em Gaza. Agora, voltámos à estaca zero", afirmou Callamard, citada num comunicado da organização.