Guerra no Médio Oriente

"Está a tornar-se uma ditadura”: ruas de Israel enchem-se de manifestantes preocupados com futuro do país

Os protestos contra o governo de Netanyahu intensificaram-se antes da votação para demitir o chefe da segurança interna, uma medida que muitos consideram como uma tentativa de minar o equilíbrio de poderes em Israel.

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As famílias dos reféns, ainda nas mãos do Hamas, estão desesperadas pela falta de resposta do governo israelita aos apelos por novas negociações. A par da quebra do cessar-fogo em Gaza, milhares de israelitas contestam nas ruas a anunciada demissão do chefe da segurança interna.

A polícia israelita usou canhões de água para dispersar a multidão e foram feitas várias detenções.

“Estamos muito preocupados com o facto de o nosso país estar a tornar-se uma ditadura”, disse a manifestante Rinat Hadashi.

Os protestos contra o governo de Netanyahu intensificaram-se antes da votação para demitir o chefe da segurança interna, uma medida que muitos consideram como uma tentativa de minar o equilíbrio de poderes em Israel.

Os críticos do governo afirmam que a demissão do chefe da segurança interna visa travar a investigação do Qatargate, sobre eventuais ligações entre funcionários do gabinete de Netanyahu e o Qatar, mediador nas negociações de cessar-fogo em Gaza.

Recorde-se que Israel rompeu a trégua na madrugada de terça-feira. Pelo menos 200 crianças estão entre os mais de 500 mortos desde o reinício dos bombardeamentos.

Após os ataques aéreos surpresa, foram dadas ordens aos habitantes de um subúrbio em Khan Yunis para abandonarem a zona.

As ofensivas terrestres também foram retomadas e as forças de defesa de Israel voltaram a ocupar o corredor Netzarim, com o objetivo de criar novamente uma zona tampão e separar o norte do sul da Faixa de Gaza.