Guerra no Médio Oriente

Análise

Guerra Israel-Irão: como é que os mercados estão a reagir?

Catarina Castro, comentadora da SIC, ajuda a perceber o impacto que o conflito entre Israel e o Irão está a ter nos mercados internacionais.

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O presidente do Bundesbank alertou esta segunda-feira para os riscos de um choque petrolífero ligado ao conflito entre Israel e o Irão, instando a Zona Euro a não relaxar a política monetária, apesar de a inflação ter regressado a 2%. As consequências dos ataques entre os dois países, que se intensificaram durante o fim de semana, "permanecem incertas", enquanto um conflito prolongado "poderia provocar uma subida acentuada do petróleo" e "perturbar as nossas previsões" para a inflação e o crescimento, afirmou Joachim Nagel num discurso em Frankfurt.

Catarina Castro explica como é que os mercados estão a reagir e se era esperado um maior impacto, tendo em conta que esta segunda-feira a Bolsa Europeia abriu em alta.

"Ao longo do fim de semana houve a tensão crescente de que poderíamos ter um alargar deste conflito e ao não acontecer esse facto, e portanto ontem já bastante tarde, ao existir um direcionamento que poderia inclusivamente existir uma mudança de regime no Irão, fez com que os mercados financeiros acabassem por abrir em termos de cotações os mercados de futuros já durante a madrugada e subsequentemente durante a manhã de hoje, com algum acalmar", refere a comentadora da SIC.

Os preços do petróleo subiram apenas ligeiramente esta manhã, depois de terem disparado até 13% na sexta-feira, quando ocorreram os primeiros ataques de Israel ao Irão.

"Não há realmente aqui uma expectativa de alargar do conflito para outras regiões próximas e, portanto, vamos aguardando por novos desenvolvimentos e muita pressão feita, tanto do lado da União Europeia, com as declarações de Ursula von der Leyen, mas também de Donald Trump, esta manhã", sublinha também Catarina Castro.

As sirenes soaram em Israel pela terceira noite consecutiva. Os habitantes de Telavive foram obrigados a ir para os abrigos. Haifa, no Norte do país, foi outro dos alvos. Só nesta cidade pelo menos trinta pessoas ficaram feridas e uma refinaria foi atingida.

Desde o início do conflito entre Israel e o Irão terão morrido mais de 220 iranianos e 24 israelitas.