A guerra é a guerra e quando há guerra, mesmo na reserva, um almirante faz de almirante. À civil, na Feira do Livro de Aveiro, o agora candidato a Presidente da República ficou indisponível para dizer o que aos jornalistas. Na intervenção que fez, não teve uma palavra sobre o ataque dos Estados Unidos ao Irão.
Conceitos genéricos apenas, sem referência aos Estados Unidos. E a seguir, para fugir do ataque norte-americano como o diabo da cruz, explicou que estava a falar da Ucrânia, da Europa e da Rússia.
Sem explicação para a fuga à mais importante questão do dia, o almirante deixou bem claro que está ao lado de Israel na guerra contra o Irão. Um ato bélico que um militar compreende. Mas não acredita num entendimento entre os presidentes das três maiores potências.
Gouveia e Melo, o tremendista. Duma maneira ou de outra, as portas acabarão arrombadas. E Portugal que abra os olhos.
A guerra é a guerra no céu e na terra, cantou Fausto Bordalo Dias em "Por este rio acima", numa visão do mar a arder, reimaginada pelo agora candidato a Presidente.