Donald Trump reagiu esta quarta-feira aos relatórios dos serviços secretos dos EUA, que indicam que o programa nuclear iraniano terá sofrido apenas um atraso de alguns meses - longe, portanto, de ter sido eliminado. Voltou a afirmar que o programa do Irão está "morto", contra as informações das autoridades norte-americanas.
O Presidente norte-americano garante que está a trabalhar por um período de paz entre Israel e o Irão. Anunciou que irá reunir-se com representantes iranianos na próxima semana, onde espera conseguir uma declaração oficial do regime a comprometer-se com o abandono da energia nuclear.
Enquanto Trump repete o discurso da vitória, o Parlamento iraniano votou, na terça-feira, a suspensão da cooperação com a Agência Internacional de Energia Atómica. É um gesto de força num momento em que o tom das negociações permanece volátil e em que as palavras ganham tanto peso quanto os mísseis lançados nos últimos dias.
Os números do conflito continuam a subir: as autoridades iranianas dizem que, desde o dia 13 deste mês, os ataques israelitas já provocaram 627 mortos. E, mesmo que Trump fale agora de paz, a realidade no terreno mostra que essa paz ainda está longe de se concretizar.