Guerra no Médio Oriente

Ataques em Gaza intensificam-se a poucos dias do encontro entre Benjamin Netanyahu e Donald Trump

Benjamin Netanyahu encontra-se com Donald Trump na Casa Branca, na próxima segunda-feira. Além das palavras e das intenções, os bombardeamentos israelitas continuam em Gaza.

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Para lá da cerca está a faixa de Gaza. Para cá, de onde a câmara faz o plano, está Israel. Lá ao fundo, o fumo que se vê indica que esta terça-feira conta-se mais um dia de ataques israelitas a Gaza, tanto a norte como a sul. Em 24 horas, mais de uma centena de mortos, mais de 400 feridos, mais habitações destruídas, mais pobreza e sofrimento.

Trump e Netanyahu vão falar de várias "coisas"

Quando a morte tem esta cadência, os dias parecem passar em câmara lenta e a próxima segunda-feira será sempre longe demais, mas é o dia em que o primeiro-ministro de Israel se encontrará com o Presidente dos Estados Unidos, na Casa Branca.

Benjamin Netanyahu diz que vai ter reuniões com Donald Trump e outros membros da administração norte-americana para discutir várias "coisas", e "coisas" é o termo usado por Netanyahu, "coisas" como, por exemplo, um acordo comercial, entre outras.

Na declaração disponível, Netanyahu não fala em Gaza, mas Trump tem vindo a dizer que é preciso chegar a um cessar-fogo naquela zona do mundo.

No entanto, quando lhe perguntam sobre as expectativas em relação ao encontro com Netanyahu, Trump parece lembrar-se mais do ataque norte-americano às instalações nucleares do Irão, que já ocorreu, do que dos ataques israelitas em Gaza, que continuam a acontecer.

Putin e Macron falaram pela primeira vez em 3 anos

No capítulo Irão do livro das guerras, esta terça-feira escreveu-se um parágrafo simbólico até para a duração do intervalo: desde setembro de 2022 que Vladimir Putin e Emmanuel Macron não falavam ao telefone.

A primeira chamada telefónica em quase três anos serviu para os dois presidentes discutirem sobre a Ucrânia e sobre a crise no Médio Oriente.

Putin afirmou ser necessário respeitar o direito do Irão ao desenvolvimento pacífico de energia nuclear. Macron sublinhou a necessidade do Irão cumprir as obrigações ao abrigo do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares e de cooperar com a Agência Internacional de Energia Atómica.

A chamada durou duas horas e o Eliseu disse, em comunicado, que Macron e Putin concordaram em coordenar esforços e falar novamente em breve.