Guerra no Médio Oriente

Mais de 30 mortos em Gaza apesar da "pausa tática" de Israel

Do total de vítimas, pelo menos 11 morreram enquanto aguardavam a chegada de camiões com ajuda humanitária perto do posto militar de Zikim, nos arredores da cidade nortenha de Beit Lahia.

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Pelo menos 31 habitantes da Faixa de Gaza morreram esta madrugada enquanto aguardavam ajuda humanitária ou em resultado de bombardeamentos, horas depois de o exército israelita ter anunciado uma "pausa tática" diária nas atividades militares.

Do total de vítimas, pelo menos 11 morreram enquanto aguardavam a chegada de camiões com ajuda humanitária perto do posto militar de Zikim, nos arredores da cidade nortenha de Beit Lahia, conforme confirmado pelo hospital Al Shifa.

O hospital Al Awda, por sua vez, também comunicou a morte de outras nove pessoas perto de um ponto de distribuição de alimentos gerido pela controversa Fundação Humanitária para Gaza (GHF, na sigla em inglês) nas proximidades do campo de Nuseirat, na zona de Deir Al Balah (centro).

Já o complexo médico Nasser relatou seis mortos por tiros israelitas perto de outro centro de distribuição da GHF, a sudoeste da cidade de Jan Yunis, no sul.

Na cidade de Gaza, no bairro de Al Remal, um ataque aéreo matou cinco habitantes, entre eles uma mulher e duas crianças, segundo informaram fontes locais à agência espanhola de notícias EFE.

“Pausas táticas” com (alegado) objetivo humanitário

Estas mortes ocorreram poucas horas depois de o exército israelita ter anunciado que, a partir de hoje, implementaria "pausas táticas" na sua atividade militar para permitir a distribuição de ajuda humanitária no enclave palestiniano.

Segundo o exército, as pausas serão aplicadas diariamente, das 10:00 às 20:00 (das 08:00 às 18:00 em Lisboa), em três zonas do enclave: a cidade de Gaza (norte), Deir al Balah (centro) e Al Mawasi (sul), e serão mantidas "até novas ordens".

Além disso, o exército disse que estabeleceria "rotas seguras" entre as 06:00 e as 23:00, hora local (das 04:00 às 21:00 em Lisboa), para permitir a passagem de comboios da ONU e de outras organizações humanitárias que distribuem alimentos e medicamentos à população de Gaza.

O exército ainda não se pronunciou sobre os ataques relatados.