O exército israelita anunciou o reforço da operação militar na cidade de Gaza, onde estima que possa estar entre 2.000 e 3.000 combatentes do Hamas. "Gaza está em chamas. As Forças de Defesa de Israel estão a atacar com punho de ferro as infraestruturas terroristas", anunciou o ministro Israel Katz. Israel aconselha a população a deixar a capital da Faixa de Gaza e as imagens das agências internacionais dão conta de um êxodo de palestinianos que formam longas filas para deixar a cidade.
Viaturas carregadas com o que resta, a pé, de bicicleta ou em viaturas improvisadas, a população de Gaza deixa a cidade, numa altura em que Israel reforça a ofensiva.
Vários mortos e feridos em nova ofensiva de Israel, ministro da Defesa diz que "Gaza está em chamas"
Nas últimas horas, bombardeamentos israelitas atingiram edifícios residenciais e causaram um número ainda indeterminado de mortos e feridos.
Segundo um porta-voz militar israelitas, embora as forças já estivessem a operar há várias semanas nos arredores da capital da Faixa de Gaza, durante a noite intensificaram as operações dentro da cidade, avançou a agência de notícias espanhola EFE.
Ao mesmo tempo que a operação militar israelita se intensifica, as Nações Unidas divulgam pela primeira vez um relatório que conclui que Israel está a cometer um genocídio em Gaza e que tem uma intenção clara de destruir os palestinianos.
"Chegámos à conclusão que um genocídio acontece em Gaza e vai continuar a acontecer, sendo que responsabilidade cabe ao Estado de Israel", disse a presidente desta comissão internacional independente de investigação da ONU, Navi Pillay, ao apresentar o relatório sobre os crimes cometidos nos territórios palestinianos ocupados.
Israel já reagiu, o Ministério dos Negócios Estrangeiros divulgou um comunicado no qual "rejeita categoricamente" o "relatório tendencioso e mentiroso e pede a dissolução imediata".