Guerra no Médio Oriente

Reconhecimento do Estado da Palestina por Portugal "é um passo justo mas curto", diz Catarina Martins

Portugal juntou-se, este domingo, ao Reino Unido, Canadá e Austrália, tornando-se no 13.º país da União Europeia a reconhecer o Estado palestiniano. A eurodeputada do Bloco de Esquerda e candidata presidencial concorda com a posição de Portugal mas considera que o passo dado "é curto.

Catarina Martins
Catarina Martins
HUGO DELGADO

“Hoje, dia 21 de setembro de 2025, o Estado português reconhece oficialmente o Estado da Palestina”. O anúncio foi feito ao início da noite deste domingo pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, numa declaração na missão portuguesa junto às Nações Unidas, em Nova Iorque.

Poucos minutos após este anúncio, nas redes sociais, a bloquista Catarina Martins escreveu que apesar de “justo”, este é um “passo curto”.

“Israel arrasou Gaza e ameaça ocupar toda a Cisjordânia. Só a imposição de sanções duras a Israel pode garantir a existência de um Estado Palestiniano e paz na região”, defende a eurodeputada e candidata à Presidêcia da República.

Portugal juntou-se ao Reino Unido, Canadá e Austrália, que comunicaram a mesma decisão este domingo, tornando-se no 13.º país da União Europeia a reconhecer o Estado palestiniano.

O ministro justificou a escolha do local para este anúncio para "dar o sinal de que só sob a égide da ONU e do espírito da sua carta fundadora é possível alcançar uma solução para este conflito".

Recorde-se que o partido parceiro do PSD no Governo discorda desta decisão, considerando que não é "oportuno, nem consequente" e só deveria acontecer no "quadro de um processo institucional de paz".

“O CDS-PP é favorável, desde sempre, à solução dos dois Estados, mas considera que, no presente momento do conflito, a efetivação do reconhecimento não é oportuna, nem consequente”

No mesmo comunicado, divulgado na passada sexta-feira, o CDS-PP garantia, ainda assim, que a coesão do Governo está "absolutamente assegurada", uma vez que esta matéria não consta do acordo de coligação, mas manifesta a sua "divergência quanto à oportunidade da declaração de reconhecimento de um Estado palestiniano".