O eurodeputado Paulo Rangel e Rui Tavares, deputado eleito pelo Livre, estiveram esta sexta-feira na Edição da Noite a avaliar a invasão da Rússia à Ucrânia.
Paulo Rangel considera que a suspensão de direitos de representação russa do Conselho da Europa tem uma “dimensão simbólica muito grande” e lembra que, este fim de semana, se esperam muitas manifestações pela Europa.
Já Rui Tavares diz que a Europa está, neste momento, numa “encruzilhada”.
“O que será do século XXI?”, questiona-se o deputado do Livre, exemplificando com o regresso aos impérios.
Rui Tavares afirma ainda que acabou a época do pós-guerra, “em que havia consenso nas Nações Unidas”.
“Nunca tinha havido uma invasão numa guerra de escolha ofensiva, premeditada, sem nenhuma provocação, com pretextos falsos e ridículos de uma espécie de argumentação pseudo-histórica”, referiu, acrescentando que, desde a II Guerra Mundial, que não havia uma “violação tão grave”.
Sistema SWIFT
Sobre as sanções da União Europeia, o deputado eleito do Livre considera que tem de encontrar “rapidamente a sua coluna vertebral” para retirar a Rússia do sistema SWIFT. Já Paulo Rangel vai mais longe e diz que o deviam ter feito logo.
“É incompreensível que estados europeus estejam com estas cerimónias”, afirma Paulo Rangel, acrescentando que a Alemanha e Itália têm apresentado mas resistência.
O eurodeputado alerta que “de uma forma ou de outra”, todos vamos ser atingidos:
“É a União Europeia. Nós fazemos parte da União Europeia. São as fronteiras da União Europeia que vão estar em crise”.
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