Em Kharkiv, milhares de pessoas dependem da ajuda de organizações para sobreviver. A SIC esteve na segunda maior sinagoga da Europa, transformada num armazém humanitário, no dia em que mais dois mísseis russos atingiram a cidade.
É a segunda maior sinagoga da Europa, só a de Budapeste é maior. Em Kharkiv, no tempo judaico o culto deu lugar às caixas que enchem o espaço. Cada uma tem o que alimenta uma família de 3 pessoas durante 2 a 3 semanas.
Na região, são 5000 pessoas que dependem da ajuda. Alguns desempregados, a guerra fechou-lhes onde ganhavam o sustento.
Todos os dias, parte da ajuda é levada a quem precisa, muitas vezes em aldeias onde os russos estão demasiado perto, onde há pessoas que estão no limite da sobrevivência e da sanidade mental.
Quando estão nas entregas, os voluntários ouvem pedidos desesperados.
Debaixo da Sinagoga, há ainda pessoas a viver desde que a guerra começou. Alguns têm casa na zona norte da cidade, a mais atingida pelos russos.
Só esta quarta-feira, os russos dispararam dois misseis sobre Kharkiv durante a madrugada: um atingiu um centro de recrutamento, o outro uma faculdade de letras com vários sinais da presença de militares ucranianos.