Guerra Rússia-Ucrânia

UE condena "comportamento desumano" de soldados russos em Izium

Mais de 440 cadáveres, que exibiam “sinais de morte violenta”, foram encontrados em Izium.

UE condena "comportamento desumano" de soldados russos em Izium
Anadolu Agency/Getty Images

O Alto Representante da União Europeia para a Política Externa, Josep Borrell, reconheceu a comoção do bloco comunitário com a descoberta de valas comuns em Izium e condenou as "atrocidades" e o "comportamento desumano" dos militares russos.

"A guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia deixou um rasto de sangue e destruição na Ucrânia", lamentou Josep Borrell num comunicado em que condenou também que "milhares de civis já tenham sido assassinados, muitos outros torturados, perseguidos, sexualmente agredidos, sequestrados ou deslocados à força".

Com este comportamento, que "deve cessar de imediato" - sublinhou o representante máximo da diplomacia da UE -, os militares russos demonstram um "total desprezo" pelo direito internacional humanitário e pelas Convenções de Genebra.

Por fim, Josep Borrell advertiu de que tanto os líderes políticos como os restantes envolvidos nas atrocidades e violações do direito internacional na Ucrânia "prestarão contas".

"A União Europeia apoia todos os esforços nesse sentido", insistiu.

O Governo da Ucrânia indicou esta sexta-feira que os seus militares encontraram mais de 440 cadáveres após recuperarem o controlo da localidade de Izium, situada na região de Kharkiv e controlada até à semana passada pelas tropas russas.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, já tinha alertado para a descoberta de várias valas comuns e comparou o caso de Izium com os das cidades de Bucha e Mariupol, acusando a Rússia de "deixar morte por todo lado".

Por seu lado, o governador de Kharkiv, Oleg Sinegubov, assegurou que 99% dos cadáveres exumados exibem sinais de morte violenta, o que comprova, na sua opinião, o "genocídio" que está a ser cometido contra a população ucraniana.