Guerra Rússia-Ucrânia

EUA nunca reconhecerão "tentativas ilegais e ilegítimas de anexação"

EUA nunca reconhecerão "tentativas ilegais e ilegítimas de anexação"
Chip Somodevilla

Autoridades pró-russas das regiões ucranianas de Zaporijia, Kherson, Lugansk e Donetsk anunciaram a vitória do "sim" à incorporação na Rússia em referendos organizados por Moscovo.

Os Estados Unidos nunca reconhecerão "as tentativas ilegais e ilegitimas de anexação" de territórios ucranianos pela Rússia, assegurou a porta-voz da Casa Branca, acrescentando que o Ocidente prepara sanções económicas "adicionais" contra Moscovo.

"Nunca reconheceremos essas tentativas ilegais e ilegítimas de anexação", frisou a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre.

As autoridades pró-russas das regiões ucranianas de Zaporijia, Kherson, Lugansk e Donetsk anunciaram na terça-feira a vitória do "sim" à incorporação na Rússia em referendos organizados por Moscovo e considerados inválidos por Kiev e pelos aliados ocidentais.

Moscovo destacou que as quatro regiões ucranianas controladas pelas forças russas fizeram "uma escolha livre em favor da Rússia".

Sanções

Karine Jean-Pierre assegurou também que os Estados Unidos e os aliados preparam sanções económicas "adicionais" contra Moscovo.

A Comissão Europeia propôs um oitavo pacote de sanções à Rússia, face à "nova escalada" do Kremlin na sua agressão à Ucrânia, com a realização de "referendos fraudulentos", mobilização parcial e a ameaça de recurso a armas nucleares.

O novo pacote de sanções, apresentado em linhas gerais em Bruxelas pela presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, e pelo Alto Representante da União Europeia (UE) para a Política Externa e de Segurança, Josep Borrell, inclui um teto ao preço do petróleo russo, novas restrições ao comércio para privar a Rússia de cerca de 7 mil milhões de receitas, uma proibição de exportações de mais produtos para privar o Kremlin (Presidência russa) de tecnologias-chave para a sua indústria de armamento, e uma atualização da lista de entidades individuais e coletivas alvo de medidas restritivas.

Bruxelas propõe também nesta nova ronda de sanções a proibição de prestação de serviços europeus à Rússia e a proibição de cidadãos da UE terem assento em órgãos diretivos de empresas estatais russas, argumentando que "a Rússia não deve beneficiar do conhecimento e da perícia europeus".

O novo pacote de sanções proposto pela Comissão liderada por Von der Leyen, o oitavo desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, há sensivelmente sete meses, vai agora ser discutido pelos 27 do bloco europeu, inicialmente ao nível de embaixadores, com vista à sua adoção em sede de Conselho da UE.

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