A Austrália anunciou hoje a imposição de novas sanções financeiras e proibições de viagem a 28 russos, incluindo separatistas, ministros e altos funcionários, depois da anexação pela Rússia de quatro regiões ucranianas.
A medida é uma resposta à Rússia e a uma "guerra unilateral, ilegal e imoral contra a Ucrânia", segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros australiano.
"Estas sanções adicionais reforçam a forte objeção da Austrália às ações do Presidente [russo Vladimir] Putin e daqueles que cumprem as suas ordens", disse a ministra Penny Wong, citada num comunicado divulgado hoje.
A Austrália já tinha imposto uma série de sanções a entidades e indivíduos russos ligados à invasão militar que começou em 24 de fevereiro.
As novas sanções visam pessoas que violam a lei internacional para "legitimar as ações ilegais da Rússia na Ucrânia por meio de falsos referendos, desinformação e intimidação", referiu o comunicado.
Wong descreveu a anexação das regiões de Donetsk, Lugansk, Zaporijia e Kherson - territórios ucranianos parcialmente sob controle militar russo - como "ilegal" e considerou que os "referendos russos nas áreas ocupadas da Ucrânia são ilegítimos e não têm efeito legal".
"As áreas da Ucrânia atualmente ocupadas pelas forças russas são território soberano da Ucrânia. Nenhum referendo falso mudará isso", enfatizou a ministra.
Putin assinou na sexta-feira, em Moscovo, os tratados de anexação das quatro regiões, apesar da condenação internacional e da Ucrânia.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Austrália informou ainda que Camberra enviou uma intervenção ao Tribunal Internacional de Justiça em apoio à Ucrânia, que acusa a Rússia de cometer genocídio.