Guerra Rússia-Ucrânia

Putin faz "correções" ao recrutamento militar, mas pouco (ou nada) muda

O discurso do Presidente russo numa reunião com professores finalistas da competição “Professor do Ano”.

Putin faz "correções" ao recrutamento militar, mas pouco (ou nada) muda
OLGA MALTSEVA

Duas semanas após ter anunciado a mobilização militar parcial à Nação, Putin corrige uma regra sobre a população destacada. O Ministério da Defesa terá informado o Presidente russo de que existia um grupo de cidadãos que “não precisava de ser recrutado”. Como tal, esta quarta-feira, o chefe de Estado assinou a alteração.

Numa reunião com professores finalistas da competição “Professor do Ano” na Rússia, Vladimir Putin explicou que o decreto com a alteração sobre a mobilização parcial já foi assinado e publicado.

Assim, os estudantes, incluindo os inscritos em universidades privadas e alguns estudantes de pós-graduação e estagiários não vão ser enviados para a guerra na Ucrânia. Pelo menos, para já.

No fundo, Putin assinou o adiamento desta categoria, o que significa que os estudantes serão destacados para a guerra quando for necessário.

Putin promulga tratados de anexação de quatro regiões ucranianas

Vladimir Putin promulgou no mesmo dia a anexação à Rússia das regiões ucranianas de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporíjia, de acordo com dois decretos publicados no portal oficial russo de informações jurídicas.

Apesar do recuo das tropas russas em várias regiões do leste e do sul da Ucrânia, o Kremlin garantiu que as regiões anexadas serão "territórios russos para sempre" e garante que a retirada de tropas não põe em causa os planos de anexação em curso na Ucrânia.

No início desta semana, os tratados de anexação dos quatro territórios à Rússia também receberam aprovação das duas câmaras do Parlamento russo.

Vladimir Putin formalizou na sexta-feira passada, em Moscovo, a anexação das quatro regiões ucranianas, áreas parcialmente ocupadas pela Rússia no leste e sul da Ucrânia, após a realização de referendos, considerados ilegais por grande parte da comunidade internacional.