Guerra Rússia-Ucrânia

Rússia faz ultimato aos trabalhadores da central nuclear de Zaporíjia

Funcionários ucranianos da central de Zaporíjia têm até quinta-feira para fazer uma escolha depois do ultimato da Rússia.

Rússia faz ultimato aos trabalhadores da central nuclear de Zaporíjia
ED JONES

A Rússia fez um ultimato aos trabalhadores da central nuclear de Zaporíjia. Até quinta-feira os funcionários ucranianos que garantem a segurança das instalações são obrigados a fazer uma escolha: ou integram a agência atómica de Moscovo ou correm o risco de perder o emprego.

Aqueles que se inscreverem como funcionários da empresa de energia atómica mantêm os empregos e vão poder receber passaportes russos.

No início do mês de outubro, a Rússia mostrou interesse em assumir a operação da central de Zaporíjia, uma medida então rejeitada pelo dono da empresa estatal de energia nuclear ucraniana.

Central de Zaporijia sob controlo russo desde 4 de março

A maior central nuclear da Europa foi capturada pelas forças russas nos primeiros dias da invasão à Ucrânia, mas ainda é operada por funcionários ucranianos.

Desde então, tem sido um dos principais focos da guerra na Ucrânia, dado o perigo de ocorrer um desastre nuclear como o da central ucraniana de Chernobyl, em 1986, o mais grave de sempre no mundo, quando o país integrava a antiga União Soviética.

Ucrânia e Rússia acusam-se mutuamente de lançar ataques contra a área circundante, pondo em perigo a segurança da central e da região.

Agência Internacional de Energia Atómica quer desmilitarizar a central

Uma missão especial da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) começou, em agosto, a avaliar o estado das instalações e dos seus trabalhadores, mantendo uma equipa na central.

Na semana passada, o diretor da AIEA, Rafael Grossi, reuniu-se com autoridades ucranianas e russas para tentar um acordo que permita a desmilitarização da central.

“A situação da central é insustentável e precisamos de ação imediata para a proteger”.