Portugal apoia o pacote de ajuda de 18 mil milhões de euros à Ucrânia. A proposta formal da Comissão Europeia só será apresentada esta quarta-feira, mas começou já a ser discutida pelos ministros das Finanças. A Hungria ameaça travar o processo.
Em declarações no final de encontros dos ministros das Finanças da zona euro (Eurogrupo, na segunda-feira) e da União Europeia (Ecofin, esta terça-feira), Fernando Medina apontou que " foi possível identificar uma convergência muito ampla dos países europeus relativamente ao pacote de apoio à Ucrânia para 2023, no valor de 18 mil milhões de euros, que cobre no fundo as necessidades financeiras da Ucrânia pelo período de um ano".
Adiantando que a Hungria manifestou reservas a este pacote de ajuda macrofinanceira, mas devido a um "enquadramento político" relacionado com o bloqueio do desembolso dos fundos do próprio Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), Medina afirmou-se esperançado de que o apoio à Ucrânia seja muito em breve acordado e veja "a luz do dia".
"A proposta da Comissão é uma proposta forte, porque responde às necessidades da Ucrânia por um período significativo, de um ano, e é também uma proposta bastante equilibrada do ponto de vista dos encargos que cada Estado-membro vai ter de suportar, e por isso Portugal está no grupo muito largo de países que apoia esta proposta da Comissão e esperamos que ela em breve possa ver a luz do dia".
Medina explicou que o financiamento será "feito na base de aproveitar um financiamento europeu que está disponível como garantia para que a UE possa contrair divida para poder apoiar a Ucrânia, e são os encargos com essa dívida que serão depois suportados pelos vários Estados-membros ao longo dos próximos anos", num formato ainda a definir.