A Estónia disse, esta terça-feira, estar "pronta para defender cada centímetro do território da NATO", após dois mísseis russos terem caído na Polónia e provocado a morte a duas pessoas.
"As últimas notícias são as mais preocupantes. Estamos a consultar de perto a Polónia e outros Aliados. A Estónia está pronta para defender cada centímetro do território da NATO. Estamos em total solidariedade com o nosso aliado próximo Polónia", escreveu no Twitter o Ministério dos Negócios Estrangeiros estónio.
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Queda de mísseis na Polónia
Um alto funcionário dos serviços de informações dos Estados Unidos disse que mísseis russos caíram na Polónia, país membro da NATO.
O porta-voz do Governo polaco, Piotr Mueller, não confirmou imediatamente esta informação, mas referiu que os principais líderes estavam a realizar uma reunião de emergência devido a uma "situação de crise", noticiou a agência Associated Press (AP).
De acordo com órgãos de comunicação polacos, duas pessoas morreram hoje à tarde, depois de um projétil ter atingido uma zona agrícola em Przewodów, uma vila polaca perto da fronteira com a Ucrânia.
O Presidente norte-americano, Joe Biden, garantiu, em março passado, à Polónia que o artigo 5.º do tratado da NATO - que estipula que um ataque a um país membro é um ataque a todos - constitui "um dever sagrado" para os Estados Unidos.
Biden deu essa garantia num encontro com o presidente polaco, Andrzej Duda, cujo país teme a agressividade de Moscovo, após a Rússia ter invadido a Ucrânia.
Repetindo que para os norte-americanos o artigo 5.º é "uma obrigação sagrada", Biden acrescentou: "Podem contar com isso", antes de citar uma velha máxima polaca "pela nossa liberdade e pela vossa".Joe Biden disse igualmente que o presidente russo, Vladimir Putin, "contava com uma NATO dividida", mas que essa divisão não se verificou.