Guerra Rússia-Ucrânia

Opinião

"Início de 2023 vai ser de profunda escalada na guerra" na Ucrânia

O comentador da SIC Germano Almeida analisa os últimos desenvolvimentos da guerra na Ucrânia e faz um balanço dos 300 dias do conflito.

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Germano Almeida analisou o encontro do Presidente russo, Vladimir Putin, e o homólogo bielorrusso, Aleksandr Lukashenko, o receio da Moldávia de um ataque russo ao país, os exercícios conjuntos com a China, e fez ainda um balanço dos 300 dias de guerra na Ucrânia.

Sobre o encontro de Putin e Lukashenko, destacou duas visões:

"A britânica e norte-americana de que Lukashenko está a fazer tudo para não entrar na guerra (…) E a do Governo alemão, que está mais preocupado e acha o contrário. Acha que a conversa significa que a Bielorrússia vai mesmo entrar na guerra."

Em relação à advertência do chefe das secretas da Moldávia, afirmou que reforça a ideia de que o início de 2023 vai ser de "profunda escalada na guerra".

Germano Almeida considerou ainda que os exercícios conjuntos militares entre a Rússia e a China, apesar de serem "muito significados", também não significam que a China ajude a Rússia na guerra. "São exercícios sazonais que acontecem a cada seis meses (…) Não acontecem por causa da guerra."

Num balanço aos 300 dias do conflito, destacou três ideias.

Quando Zelensky recusou a boleia americana nos primeiros dias de guerra: "É dos tais momentos que mudam a história. Ele mostrou que é o líder certo no momento certo."

A derrota da Rússia: "Na perspetiva que se tornou quase um pária da comunidade internacional (…) Está a ter comportamentos de século XX perante um agredido que está a ter tecnologia e defesa de século XXI."

A última ideia é que "tão cedo a guerra não vai terminar", uma vez que os dois lados sentem que se abdicassem de algo – a Ucrânia de território e a Rússia a retirar as tropas - teriam mais a perder do que a ganhar.