Guerra Rússia-Ucrânia

Centenas de pessoas protestam em Belgrado contra invasão russa da Ucrânia

O protesto foi organizado pela Sociedade Democrática Russa, uma organização de cidadãos russos residentes na Sérvia.

Centenas de pessoas protestam em Belgrado contra invasão russa da Ucrânia
Darko Vojinovic

Centenas de pessoas protestaram, este sábado, no centro de Belgrado contra a invasão russa da Ucrânia, apelando para a retirada das tropas e para o fim da guerra em 2023.

O protesto foi convocado para o dia em que se completam 10 meses da invasão da Ucrânia pela Rússia, tendo como promotora a Sociedade Democrática Russa, organização de cidadãos russos residentes na Sérvia, país onde, nos últimos meses, têm chegado milhares de opositores ao regime do Presidente Vladimir Putin.

Darko Vojinovic

Sob o lema "Paz para a Ucrânia, Liberdade para a Rússia", os manifestantes concentraram-se numa praça no centro da capital sérvia e transportaram faixas onde se lia "Putin, mãos fora da Ucrânia", "Liberdade para a Ucrânia" e "Parem a guerra".

Durante a manifestação, foram entoados slogans como "Putin para Haia", para ser julgado por crimes de guerra no Tribunal Penal Internacional, "Liberdade" ou "Navalny", numa alusão ao opositor russo Alexei Navalny, atualmente preso.

Apesar de terem desfilado pelas ruas do centro de Belgrado, os manifestantes foram impedidos pela polícia de se aproximarem do edifício da embaixada da Rússia.

Darko Vojinovic

Em comunicado, os manifestantes sublinharam que centenas de milhares de vidas foram destruídas e milhões de pessoas foram forçadas a fugir das suas casas durante os dez meses de guerra.

Na Sérvia, têm-se realizado manifestações de protesto contra a agressão russa na Ucrânia, mas também reuniões de organizações de direita que apoiam Moscovo.

A Sérvia, país candidato à adesão à União Europeia (UE), condenou a agressão, mas até agora não aderiu às sanções ocidentais contra a Rússia.

A Rússia é um aliado tradicional da Sérvia e defende os seus interesses em fóruns internacionais, tais como a posição de não reconhecer a independência que a sua antiga província do Kosovo proclamou em 2008.