Guerra Rússia-Ucrânia

"Somam-se receios de um ataque russo em larga escala até ao final do ano"

Opinião

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O comentador da SIC, Germano Almeida, analisa os últimos desenvolvimentos na guerra da Ucrânia.

A Ucrânia quer uma cimeira de Paz no final de fevereiro. As Nações Unidas são apontadas como o melhor local para as conversações com a Rússia e António Guterres a melhor pessoa para mediar.

O comentador da SIC Germano Almeida considera ser uma ideia "consistente por parte das lideranças ucranianas", tal como acredita que as "Nações Unidas são a melhor plataforma para uma cimeira de paz".

"Não se trata de fazer um favor à Ucrânia ou à Rússia, trata-se de encontrar uma solução que interessa a todo o mundo."

Germano Almeida acrescenta ainda que é "interessante e ambicioso" esta posição da liderança ucraniana, mas ainda está tudo "muito no vazio" e é "preciso trabalhar até lá".

Quanto aos mísseis Patriot, que os EUA vão enviar à Ucrânia, tudo indica que estarão prontos a usar dentro de seis meses, quando em condições normais demoraria um ano, explica Germano Almeida.

Nesta altura, existem ainda nove milhões de ucranianos sem eletricidade, anunciou Zelensky nas últimas horas. E Germano Almeida avança que há receio de um ataque russo em larga escala até ao final do ano, ou seja "nos próximos dias".

O ministro dos Negócios Estrangeiros russo já avisou a Ucrânia que caso não desista dos territórios agora controlados por Moscovo, será o exército da Rússia a resolver a questão.

Estas declarações acontecem depois de Vladimir Putin ter dito mais uma vez que estaria aberto ao diálogo, numa altura em que aprova a concessão de passaportes russos a habitantes de regiões anexadas. Para Germano Almeida este ato "completamente ilegal" mostra "algum desespero" por parte da liderança russa.