A morte de dezenas de recrutas russos na Ucrânia está a provocar ondas de choque na Rússia. Numa rara comunicação sobre baixas sofridas, o Kremlin admitiu que 89 soldados recém-mobilizados para a guerra morreram num ataque levado a cabo pelas forças ucranianas.
O ataque contra o edifício onde estariam temporariamente alojados centenas de novos recrutas russos terá sido facilitado pelo facto de muitos terem deixado ativa a localização nos telemóveis.
O ataque a Makiivka, controlada desde 2014 por forças pró-russas, terá também atingido carros de combate, armas e muitas munições, o que contribuiu para ampliar danos e vítimas.
O facto de estarem tantos recrutas, seriam perto de 600, num só local, que estaria também a ser utilizado para guardar equipamento militar, pode voltar a colocar as chefias militares russas sob pressão.
Russos reveem em alta número de militares mortos em Makiivka para 89
O balanço russo das baixas causadas pelo ataque ucraniano no Ano Novo a instalações militares em Makiivka, no leste da Ucrânia, foi revisto em alta para 89, adiantou o Ministério da Defesa. Disse também que tinha sido constituída uma comissão de inquérito às circunstâncias do ataque.
Em todo o caso, acrescentou que "já é evidente que a causa principal (...) é a utilização massiva pelo pessoal de telemóveis ao alcance das armas inimigas, apesar de estar interdita".