A Alemanha planeia entregar os 14 tanques Leopard 2 entre março e abril, revelou o ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius, “no final de março, início de abril”. O ministro de Defesa britânico, Alex Chalk, faz uma previsão semelhante, indicando que os tanques Challenger-2 deverão estar no território ucraniano até ao final de março. A Polónia deverá entregar tanques Leopard-2 nas “próximas semanas” e o Canadá confirma o envio de quatro tanques Leopard. A Itália garante que apenas enviará armas defensivas para Kiev.
“Na melhor das hipóteses, lá para o final de março, daqui a dois meses, a Ucrânia começa a receber esses carros de combate. Esperemos que não chegue tarde demais para a Ucrânia".
Moscovo critica envio de blindados alemães e norte-americanos para Kiev
A Rússia acusa os EUA de estarem a manietar a Europa para uma guerra que é do seu interesse, uma narrativa manipuladora, na opinião de Germano Almeida.
O embaixador russo na Alemanha criticou veementemente a decisão do país em autorizar o envio de tanques Leopard 2 para a Ucrânia, alertando que se tratava de um desenvolvimento “extremamente perigoso” e que representa “um novo nível de confronto”.
“Relativamente à narrativa russa, analisa-se preocupação quando dizem que há uma escalada e que isto pode levar os europeus para a guerra. Há uma narrativa muito Peskov a dizer que os europeus estão a ser manietados pelos americanos, é aquela narrativa a dizer que esta guerra existe para a indústria americana de armas ganhar dinheiro".
Ataques russos provocam 11 mortos
Esta quinta-feira, pelo menos 11 pessoas morreram e outras 11 ficaram feridas em ataques russos desde que o Ocidente anunciou que vai enviar tanques para a Ucrânia.
“Os russos vingaram-se da decisão do Ocidente de apoiar a Ucrânia com carros de combate fazendo essa barragem de mísseis - 55 mísseis, 47 intercetados - o que mostra 86% de capacidade da defesa antiaérea ucraniana. Mas mesmo assim não é suficiente porque morreram 11 pessoas”, salienta.
Os bombardeamentos russos são “mais um ataque cruel”, disse a embaixadora dos EUA na Ucrânia. A ministra dos Negócios Estrangeiros de França, Catherine Colonna, chegou a Odessa para mostrar o “apoio” francês “à soberania da Ucrânia, hoje como sempre”. A governante encontrou-se com o homólogo ucraniano, Dmytro Kuleba, que agradeceu a “corajosa visita”.
Ucrânia antecipa nova mobilização russa como “iminente”
As Forças Armadas ucranianas antecipam que a próxima mobilização de tropas russas para a guerra está iminente. A previsão é que as autoridades russas avancem com o anúncio já em fevereiro
“O Kremlin está a tenta minimizar as novas restrições à travessia da fronteira, provavelmente num esforço para conter o pânico sobre uma provável segunda mobilização”.
O relatório do Instituto para o Estudo da Guerra aponta também atividade dos blogues militares do regime russo, que estão a tentar desvalorizar o impacto potencial dos tanques alemães e norte-americanos que vão ser enviados para a Ucrânia