Guerra Rússia-Ucrânia

Análise

"Há sinais muito claros" de uma ofensiva em larga escala pela Rússia

A análise à situação no terreno na guerra na Ucrânia por Liliana Reis, professora de Relações Internacionais, e Carlos Bonifácio, mestre em Estratégia.

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Liliana Reis e Carlos Bonifácio analisam a reunião da NATO e o fornecimento de armamento para a Ucrânia e a situação no terreno.

Reunião da NATO e armamento para a Ucrânia

No último dia de reunião dos ministros da Defesa, vão estar em cima da mesa questões como a entrada em simultâneo da Suécia e da Finlândia, explica Liliana Reis, professora de Relações Internacionais.

“É o que tem sido proposto desde o início, mas neste momento aquilo que se antecipa é que há entraves pela parte da Turquia”. “A Hungria e a Turquia podem protelar a ratificação da adesão” dos dois países.

Quanto a armamento para a Ucrânia, antes da discussão sobre o envio de caças, é preciso que os Estados-membros da NATO assumam os compromissos assumidos acerca dos carros de combate e que debatam a questão das munições.

“Uma guerra de atrição como esta está a levar a uma necessidade diária de munições que os Estados-membros têm de conseguir fornecer”.

Entrada no 2.º ano de guerra

Bakhmut é palco de uma feroz batalha urbana. A cidade é decisiva para controlar uma linha da frente que tem 900 km. Há sinais muito claros de uma ofensiva em larga escala pela Rússia, diz Carlos Bonifácio, mestre em Estratégia

“No Donbass as tropas ucranianas estão a ter grandes dificuldades, onde há um combate muito forte, com enormes perdas de ambos os lados”.

A invasão russa na Ucrânia, lançada em 24 de fevereiro de 2022 e justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia, foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 7.155 civis mortos e 11.662 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.