Guerra Rússia-Ucrânia

Análise

“Para pensarmos em paz, primeiro temos que ganhar a guerra”

A análise do comentador da SIC Germano Almeida à situação no terreno na guerra na Ucrânia.

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A Rússia quer reconquistar todos os territórios que perdeu na região de Kharkiv e anunciou hoje ter rompido linhas defensivas das forças ucranianas na região oriental de Lugansk, que foram obrigadas a recuar até três quilómetros. Entretanto continuam intensos os combates em Bakhmut, cidade que está agora no centro da guerra. Kiev já deu ordem de retirada aos civis. Volodymyr Zelensky admite que está a ser travada uma batalha urbana no leste do país pela conquista de cada parcela do território.

“A questão fundamental é dotar a Ucrânia de capacidade de reconquista. É preciso ajudar a Ucrânia a aguentar a vantagem russa no terreno que é preciso travar”, diz Germano Almeida.

Os líderes militares norte-americanos dizem que a Ucrânia terá essa possibilidade de reconquista de território pela primavera, avança Germano Almeida. O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, admitiu que é preciso ajudar mais a Ucrânia.

“Para pensarmos em paz, primeiro temos que ganhar a guerra e isso implica ajudar a Ucrânia".

Rússia admite demora na conquista de Bakhmut

A Rússia esperava uma operação muito mais rápida do que aquela que está a acontecer para alcançar o seu principal objetivo: a conquista do Donbass.

Prigozhin, o líder do grupo Wagner que está a liderar a tentativa russa em Bakhmut refere que os russos precisarão de dois anos para conquistar todo o Donbass e falou mesmo em três anos se for preciso chegar ao rio Dnipro”.

Prigozhin está cada vez mais a demarcar-se da posição oficial do Kremlin, que mostra uma posição de aparente domínio e otimismo no terreno, o líder do grupo Wagner justifica porque está a ser demorado.

“Os russos por muito que ganhem localidades ali perto, já passou um mês da conquista de Soledar e não conquistam Bakhmut”.

Rússia anuncia rutura de linhas defensivas ucranianas em Lugansk

As tropas russas romperam linhas defensivas das forças ucranianas na região oriental de Lugansk, que foram obrigadas a recuar até três quilómetros, informou hoje o ministério da Defesa da Rússia.

“Os russos estão a dar indicação que estão a ter condições de recuperar linhas em Luhansk, mas está tudo por decidir. Por isso Zelensky diz que a velocidade é tudo”, refere Germano Almeida.