O Presidente da Rússia esteve no sul da Ucrânia. O Kremlin avança que Vladimir Putin visitou o quartel-general militar em Kherson e participou numa reunião de comando militar. Este é o primeiro tópico sobre a guerra da Ucrânia em análise pelo comentador da SIC, Germano Almeida, que considera que esta deslocação indica que na nova fase do conflito "temos muito que olhar para sul".
De acordo com o Kremlin, Vladimir Putin visitou o quartel-general militar em Kherson e participou numa reunião de comando militar, onde foi informado sobre a situação local e sobre Zaporijia. Duas regiões que Moscovo já proclamou como parte da Rússia.
"No caso de Kherson, estamos a falar de corredor sul, mostra que Putin tem a preocupação de mostrar que a Rússia tem um um controlo do Oblast de Kherson, sabemos que não o tem totalmente, e por outro lado indica que na nova fase da guerra, depois de nos últimos meses ter sido de batalha no terreno, temos muito que olhar para sul", considerou Germano Almeida.
Bombardeamentos russos atingiram sete distritos ucranianos nas últimas 24 horas. A Rússia lançou ataques sobre Kharkiv, Zaporíjia, Sumy, Chernihiv, Dnipropetrovsk, Kherson e Donetsk. O Ministério da Defesa do Reino Unido prevê que "levará pelo menos uma década a desminar a Ucrânia".
O comentador da SIC analisa também a formação de uma nova união de cinco países contra domínio russo no campo da energia nuclear. Reino Unido, Estados Unidos, Canadá, França e Japão uniram-se numa aliança que visa impedir a Rússia que expandir os seus interesses económicos e comerciais na área da energia nuclear. A notícia saiu de uma reunião do G7 na cidade japonesa de Sapporo.
O comentador da SIC volta também a analisar as declarações do Presidente do Brasil sobre a guerra, a poucos dias da visita da Lula da Silva a Portugal.
“A Administração Lula tem todo o direito de ter uma posição diferente de Portugal e da União Europeia relativamente à guerra, o que não podemos é ficar indiferentes quando Lula diz que Estados Unidos e União Europeia incentivam a guerra ao dar armas à Ucrânia.”