A Ucrânia garantiu este domingo que ainda está a lutar pelo controlo de Bakhmut, depois de o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, ter afirmado que a cidade permanecia "apenas nos nossos corações".
Questionado se Bakhmut ainda estava nas mãos da Ucrânia, depois de os russos garantirem que tinham controlo total sobre a cidade, Zelensky disse aos jornalistas: "Acho que sim". E acrescentou: "A partir de hoje, Bakhmut está apenas nos nossos corações".
No entanto, o chefe de comunicação de Zelensky mais tarde esclareceu que o líder ucraniano estava a responder a uma parte diferente da questão.
"A pergunta do jornalista: os russos disseram que tinha tomado Bakhmut. A resposta do Presidente: acho que sim", escreveu Sergii Nykyforov no Facebook. "Desta forma, o Presidente negou a captura de Bakhmut", acrescentou.
A vice-ministra da Defesa ucraniana, Hanna Maliar, anunciou este domingo o cerco parcial de Bakhmut pelas forças de Kiev.
“O avanço das nossas tropas para os flancos nos subúrbios, que ainda está a decorrer, torna muito difícil a presença do inimigo em Bakhmut (…) As nossas tropas cercaram parcialmente a cidade, o que nos dá a oportunidade de destruir o inimigo. É por isso que o inimigo, na parte da cidade que controla, tem de se defender”, disse numa publicação no Telegram.
As declarações surgem depois de no sábado a Rússia ter anunciado que tinha o controlo total da cidade no leste da Ucrânia. Este domingo, o Presidente russo, Vladimir Putin, felicitou o exército e o grupo Wagner pela conquista da cidade.
A ser verdade, marcaria o fim da batalha mais longa e sangrenta da guerra, que começou com a invasão da Rússia, em fevereiro de 2022.
"É uma tragédia. Não há nada neste sítio", reconheceu Zelensky.
O ataque à cidade, amplamente arrasada, foi liderado por tropas do grupo mercenário Wagner, cujo líder disse também no sábado que os seus homens tinham expulsado os ucranianos da última área construída de Bakhmut.