Guerra Rússia-Ucrânia

Kiev recupera 106 militares capturados pelas forças russas em Bakhmut

A troca de prisioneiros entre a Rússia e a Ucrânia é um dos poucos acordos que as partes em conflito têm conseguido respeitar, embora, desta vez Kiev não tenha revelado quantos soldados russos libertou.

Kiev recupera 106 militares capturados pelas forças russas em Bakhmut
LIBKOS

A Ucrânia anunciou a libertação de 106 militares ucranianos que tinham sido feitos prisioneiros pelos russos quando defendiam a cidade de Bakhmut, no leste da Ucrânia.

"Entre os que regressaram do cativeiro encontram-se alguns que tinham sido dados como desaparecidos", disse o chefe do gabinete presidencial ucraniano, Andriy Yermak.

Yermak é o responsável pelas negociações com a Rússia sobre a troca de prisioneiros de guerra, no âmbito do conflito iniciado com a invasão russa da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022.

A troca de prisioneiros entre a Rússia e a Ucrânia é um dos poucos acordos que as partes em conflito conseguiram alcançar.

Até agora, estes processos têm sido realizados numa base recíproca, sendo provável que a Rússia anuncie o regresso ao país de mais uma centena de militares sob custódia ucraniana. A parte ucraniana não referiu a entrega de prisioneiros à Rússia ao anunciar a libertação dos 106 militares.

O chefe do gabinete presidencial ucraniano considerou como heróis todos os libertados, que são oito oficiais e 98 soldados e sargentos. Kiev também conseguiu repatriar os restos mortais de mais três pessoas.

Yermak insistiu que a administração do Presidente Volodymyr Zelensky está a trabalhar para libertar todos os prisioneiros ucranianos da Rússia.

“Cada troca aproxima-nos um pouco mais desse objetivo”.

Apesar de não ser considerada uma cidade estratégica, a batalha por Bakhmut assumiu uma importância simbólica para ucranianos e russos, que perderam um grande número de soldados em oito meses de combates.

A invasão russa da Ucrânia mergulhou a Europa naquela que é considerada a pior crise de segurança desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Desconhece-se o número exato de baixas civis e militares, mas diversas fontes, incluindo a ONU, têm alertado que será elevado.