Guerra Rússia-Ucrânia

Zelensky acusa Rússia de continuar a bombardear Kherson durante resgate de vítimas das inundações

Zelensky também afirmou que a situação na parte ocupada da província de Kherson é "absolutamente catastrófica". Segundo o Presidente, "os ocupantes simplesmente abandonaram as pessoas nestas terríveis condições".

Volodymyr Zelensky na cimeira da Comunidade Política Europeia, em Bulboaca, Moldávia
Volodymyr Zelensky na cimeira da Comunidade Política Europeia, em Bulboaca, Moldávia
VLADISLAV CULIOMZA

O Presidente ucraniano denunciou, numa comunicação à nação, que a Rússia continua a bombardear a parte da província de Kherson sob controlo do Governo de Kiev, enquanto as equipas de resgate tentam salvar vítimas do transbordo de uma barragem.

“A evacuação continua. Sob fogo! A artilharia russa continua a disparar, sem que nada importe. Selvagens”, disse Volodymyr Zelensky, que voltou a classificar como "ato terrorista" russo a destruição da barragem e da Central Hidroelétrica de Nova Kakhovka, que causou graves inundações.

Zelensky também afirmou que a situação na parte ocupada da província de Kherson é "absolutamente catastrófica". Segundo o Presidente, "os ocupantes simplesmente abandonaram as pessoas nestas terríveis condições".

De acordo com o Presidente ucraniano, as autoridades impostas pelas Rússia na região abandonaram a população à sua sorte, "sem água" e "nos telhados das localidades inundadas".

"E isto é outro crime deliberado da Rússia: depois de o Estado terrorista ter causado o desastre, também maximiza os danos causados", disse.

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A província de Kherson está dividida pelo rio Dnieper, no qual se encontrava a barragem e a central hidroelétrica destruídas. A margem ocidental está controlada pelo Governo de Kiev e a oriental ocupada pela Rússia.

Segundo Kiev, a Rússia explodiu intencionalmente a barragem e a central, que se encontravam na zona ocupada para alagar o território e impedir um possível avanço ucraniano.

Pelo menos três pessoas morreram e sete estão desaparecidas. As autoridades dizem que é impossível apurar o número exato de mortos, sobretudo nas áreas anexadas por Moscovo.