O Presidente russo, Vladimir Putin, apareceu esta segunda-feira em público pela primeira vez desde o fim da revolta dos mercenários ligados ao grupo Wagner, ao surgir num vídeo apresentado pelo Kremlin num fórum sobre indústria e juventude.
O vídeo mostra Putin sentado a uma secretária, embora não seja claro onde ou quando foi filmado.
No discurso, não faz qualquer menção ao motim armado que abalou a Rússia, referindo-se apenas ao Fórum Industrial Internacional de Jovens Engenheiros do Futuro que, segundo o Presidente russo, reúne jovens engenheiros, cientistas, tecnólogos e estudantes não só do país, como internacionais.
Segundo os meios de comunicação, Putin refere-se ainda aos "desafios" que a indústria enfrenta em resultado das sanções ocidentais.
A rebelião na Rússia
O chefe do grupo paramilitar Wagner, Yevgeny Prigozhin, suspendeu as movimentações da rebelião na Rússia contra o comando militar, menos de 24 horas depois de ter ocupado Rostov, cidade-chave no sul do país para guerra na Ucrânia.
O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, qualificou de rebelião a ação do grupo, afirmando tratar-se de uma "ameaça mortal" ao Estado russo e uma traição, garantindo que não vai deixar acontecer uma "guerra civil".
Ao fim do dia de sábado, em que foi notícia o avanço de forças da Wagner até cerca de 200 quilómetros de Moscovo, Prigozhin anunciou ter negociado um acordo com o Presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko.
Antes, o chefe do grupo paramilitar acusou o Exército russo de atacar acampamentos dos seus mercenários, causando "um número muito grande de vítimas", acusações que expõem profundas tensões dentro das forças de Moscovo em relação à ofensiva na Ucrânia.