Guerra Rússia-Ucrânia

Rússia aumenta salários de militares em 10,5%

A decisão surge dias depois da rebelião protagonizada pelo grupo Wagner na Rússia. Os mercenários estiveram na linha da frente da guerra na Ucrânia, mas agora a Rússia prescindiu dos seus serviços.

Rússia aumenta salários de militares em 10,5%
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A Rússia vai aumentar os salários dos militares em 10 e meio por cento. O aumento entra em vigor a 1 de outubro.

O decreto de lei foi aprovado esta sexta-feira e surge, dias depois, da rebelião armada levada a cabo pelo grupo Wagner.

O órgão que supervisiona as comunicações na Rússia bloqueou, entretanto, todos os canais onde o líder do grupo Wagner comunicava e fazia propaganda.

Rebelião assustou, mas acabou com acordo

Considerado o braço armado de Moscovo no estrangeiro, o grupo Wagner, liderado pelo empresário russo Yevgueni Prigozhin, protagonizou uma sublevação armada contra as autoridades russas no passado fim de semana, entre sexta-feira à noite e sábado à tarde, que abalou a Rússia.

Durante menos de 24 horas, os mercenários tomaram várias instalações militares na cidade estratégica de Rostov, no sudoeste do país, e percorreram centenas de quilómetros em direção a Moscovo, antes de Prigozhin pôr fim à rebelião, em troca de imunidade prometida pelo Kremlin para ele e para os seus combatentes, obtida num acordo mediado pelo Presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko.

Esta crise representou o maior desafio com que Putin, que classificou os acontecimentos como "uma traição", se viu confrontado desde que chegou ao poder, no final de 1999.

Após estes acontecimentos, Moscovo optou por prescindir dos serviços do grupo Wagner na guerra de ocupação que trava na Ucrânia, mas os seus elementos continuarão contratados em África.