As bombas de fragmentação estão proibidas em mais de 100 países, como por exemplo em Portugal, no Reino Unido, Japão, França e Canadá.
Consistem em munições que se desfazem no ar e libertam centenas de bombas mais pequenas. São de baixa precisão e, por isso, atingem uma área extensa.
São bombas que tendem a explodir quando entram em contacto com o solo ou outro alvo e quando não explodem, ficam escondidas até serem ativadas acidentalmente - como, por exemplo, alguém pisar sem intenção, como se fosse uma mina terrestre.
As bombas de fragmentação foram desenvolvidas durante a II Guerra Mundial. Estão proibidas em mais de uma centena de países desde 2008, altura em que foi assinada a Convenção sobre Armas e Fragmentação.
A convenção não foi ratificada pelos Estados Unidos, pela Rússia e pela Ucrânia.
Segundo a Cluster Munition Coalition, que reúne dezenas de organizações não governamentais, 97% das vítimas daquele tipo de munições, em 2021, foram civis, dos quais dois terços crianças.
O uso de bombas de fragmentação está na ordem do dia, depois de os Estados Unidos terem anunciado o envio deste tipo de munições à Ucrânia. A utilização deste tipo de armamento foi entretanto condenada por países como o Reino Unido ou o Canadá.
Antes do anúncio dos EUA, a Cluster Munition Coalition já tinha denunciado o uso deste tipo de armamento no contexto da guerra na Ucrânia, principalmente por forças russas, mas também ucranianas.