Guerra Rússia-Ucrânia

O que são bombas de fragmentação, proibidas em mais de 100 países

Foram desenvolvidas durante a II Guerra Mundial e estão proibidas em mais de uma centena de países desde 2008, altura em que foi assinada a Convenção sobre Armas e Fragmentação.

O que são bombas de fragmentação, proibidas em mais de 100 países
AFP

As bombas de fragmentação estão proibidas em mais de 100 países, como por exemplo em Portugal, no Reino Unido, Japão, França e Canadá.

Consistem em munições que se desfazem no ar e libertam centenas de bombas mais pequenas. São de baixa precisão e, por isso, atingem uma área extensa.

São bombas que tendem a explodir quando entram em contacto com o solo ou outro alvo e quando não explodem, ficam escondidas até serem ativadas acidentalmente - como, por exemplo, alguém pisar sem intenção, como se fosse uma mina terrestre.

As bombas de fragmentação foram desenvolvidas durante a II Guerra Mundial. Estão proibidas em mais de uma centena de países desde 2008, altura em que foi assinada a Convenção sobre Armas e Fragmentação.

II Guerra Mundial, 1944

A convenção não foi ratificada pelos Estados Unidos, pela Rússia e pela Ucrânia.

Segundo a Cluster Munition Coalition, que reúne dezenas de organizações não governamentais, 97% das vítimas daquele tipo de munições, em 2021, foram civis, dos quais dois terços crianças.

O uso de bombas de fragmentação está na ordem do dia, depois de os Estados Unidos terem anunciado o envio deste tipo de munições à Ucrânia. A utilização deste tipo de armamento foi entretanto condenada por países como o Reino Unido ou o Canadá.

Antes do anúncio dos EUA, a Cluster Munition Coalition já tinha denunciado o uso deste tipo de armamento no contexto da guerra na Ucrânia, principalmente por forças russas, mas também ucranianas.