O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia disse esta segunda-feira que a NATO retirou uma exigência para a adesão da Ucrânia à Aliança Atlântica.
Segundo Dmytro Kuleba, os aliados chegaram a um consenso para deixar de exigir que Kiev seguisse um Plano de Ação para Adesão (MAP) como parte do percurso para integrar na aliança militar - e que outros países tiveram de cumprir anteriormente.
"Após intensas negociações, os aliados da NATO chegaram a um consenso sobre a remoção do MAP do caminho da Ucrânia para a adesão. Congratulo-me com esta decisão há muito esperada e que encurta nosso caminho para a NATO", escreveu no Twitter.
A Aliança Atlântica ainda não comentou as declarações do MNE ucraniano.
Cimeira da NATO em Vilnius
Os líderes da NATO vão estar reunidos na terça e quarta-feira na capital da Lituânia para superar as divisões sobre a adesão da Ucrânia.
Kiev quer receber um convite formal para integrar a Aliança após o fim da guerra da Rússia na Ucrânia e espera receber garantias de segurança até lá.
"Também é o melhor momento para esclarecer o convite à Ucrânia para se tornar membro", disse Kuleba no Twitter.
O Presidente russo, Vladimir Putin, citou a expansão da NATO em direção às fronteiras da Rússia nas últimas duas décadas como uma razão para sua decisão de invadir a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022.
O que é o plano MAP?
O Plano de Ação para a Adesão (MAP) constitui uma das fases do percurso para um país integrar a aliança militar.
Na preparação para a cimeira, um número crescente de Estados membros da NATO apoiou uma proposta britânica para permitir que Kiev seja isento do programa MAP que estabelece metas políticas, económicas e militares que os candidatos devem cumprir e que outros países do leste europeu tiveram que passar antes de ingressar na Aliança.
Com tal mudança, a Aliança poderia ir além da declaração que foi feita na cimeira da NATO em 2008, que dizia que a Ucrânia se tornaria eventualmente um membro, mas sem oferecer a Kiev um convite formal ou um calendário oficial.