Guerra Rússia-Ucrânia

Rússia intensifica ataques a áreas civis na Ucrânia

Na véspera do arranque da cimeira da NATO, um ataque russo a um centro de distribuição de ajuda humanitária provocou a morte de sete pessoas. A capital da Ucrânia, Kiev, voltou a ser atingida por drones.

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Na frente de combate, as forças ucranianas apelam ao envio de mais armas e munições. Desde o início da semana, os ataques russos intensificaram-se e, pela segunda noite, Kiev foi atacada por drones. No entanto, é a leste e a sul que as populações têm sido mais atingidas.

Num momento em que a comunidade internacional está de olhos postos nos aliados da Ucrânia, as forças russas intensificam os ataques a áreas civis.

Zaporíjia, onde fica a maior central nuclear da Europa, tem sido um alvo preferencial durante toda a guerra na Ucrânia.

“Ela [a esposa] tem ferimentos causados por estilhaços no pé esquerdo. Foi dar um passeio no parque com a nossa filha, que também tem estilhaços no braço”, revela o residente Serhii Sarychev.

Na véspera do arranque da cimeira da NATO, um ataque russo a um centro de distribuição de ajuda humanitária na região provocou a morte de sete pessoas.

Áreas residenciais mais a sul, em Kherson, também não escapam aos ataques aéreos, sobretudo com drones carregados de explosivos.

Em Kiev, a defesa aérea diz ter neutralizado, com mísseis, caças e unidades móveis de artilharia, 11 dos 15 shaheds de fabrico iraniano.

“Precisamos de armas, mais nada”

Na linha da frente, os combatentes ucranianos fazem eco dos apelos de Zelensky, para expulsar os russos das posições de defesa.

“Precisamos que nos fornecam armas, não precisamos de mais nada. O dinheiro não tem valor para nós”, diz um comandante do exército ucraniano.

A 57.ª brigada da Ucrânia assegura que está a ter sucesso no recuo das forças russas, na região de Bakhmut. Moscovo conta uma versão oposta.

Na primeira entrevista desde a tentativa de rebelião liderada por Prighozin, o ministro russo da Defesa ameaçou usar bombas de fragmentação, no caso dos Estados Unidos enviarem essas armas a Ucrânia.

Uma ameaça esvaziada de sentido. Organizações como a Human Rights Watch denunciam que tanto russos como ucranianos já começaram a usar as bombas de fragmentação.