Guerra Rússia-Ucrânia

Cimeira NATO: Zelensky começou irritado mas terminou com discurso de vitória

Os países da NATO e do G7 assinaram uma declaração onde se comprometem a proteger a Ucrânia a longo prazo. A cimeira da Aliança Atlântica na Lituânia começou com Zelensky irritado, mas acabou com um agradecimento do presidente ucraniano.

O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, em conferência de imprensa conjunta com o secretário-geral da Aliança Atlântica, Jens Stoltenberg, no último dia da cimeira da aliança em Vilnius, na Lituânia.
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Terminada a Cimeira da NATO em Vilnius (Lituânia), apesar de não ter saído com tudo o que pretendia, Zelensky regressou à Ucrânia com novas garantias de mais apoio militar.

“A delegação ucraniana leva para casa uma significativa vitória de segurança, para a Ucrânia, para o nosso país, para o nosso povo, para as nossas crianças. Abre-nos novas oportunidade de segurança e agradeço a todos os que tornaram isto possível," disse o Presidente da Ucrânia.

Os países do G7 assinaram uma declaração onde se comprometem a proteger a Ucrânia a longo prazo. Um compromisso que segue indiferente às ameaças do Kremlin, que advertiu que a concessão destas garantias compromete a segurança da Rússia.

“Penso que é uma declaração forte, uma declaração forte do nosso compromisso para com a Ucrânia na defesa da sua liberdade atual e na reconstrução do seu futuro. E vamos ajudar o tempo que for necessário.” afirmou Joe Biden.

Além do apoio do G7, Zelensky recebeu ainda, em Vilnius, a promessa de mais armas para a contraofensiva em curso.

Confirmado está também o envio da Alemanha de mais sistemas de defesa patriot, mísseis de longo alcance de França e mais veículos logísticos de combate disponibilizados pelo Reino Unido, que Zelensky fez questão de agradecer, sobretudo depois das polémicas declarações do ministro da Defesa britânico, que defendeu que a Ucrânia deveria demonstrar mais gratidão pelo apoio militar que tem recebido.

“Senhor ministro da Defesa da Grã-Bretanha, obrigado por toda a ajuda!” agradeceu o Ministro da Defesa da Ucrânia.

Esta foi a primeira cimeira da NATO a 31, já com a Finlândia como membro, mas ficou marcada pelo apoio de Erdogan à entrada da Suécia na Aliança Atlântica, depois de meses de pressão ocidental e de resistência turca. O processo terá de ir ainda ao parlamento turco para ser ratificado, o que, de acordo com Erdogan, não deverá acontecer antes de outubro.

O Presidente turco tentou, com este desbloqueio, semear a entrada da Turquia na União Europeia, ideia que foi rejeitada por Berlim e por Washington.

Ainda assim, conseguiu algumas contrapartidas, que incluem o envio de caças F-16 norte-americanos, o fim do boicote militar dos EUA à Turquia e o reforço da cooperação entre Ancara e Estocolmo.