Guerra Rússia-Ucrânia

60 mil toneladas de cereais destruídas no ataque ao porto de Odessa

Vladimir Putin considera esta guerra como uma história difícil para os soldados que nela participam.

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Três dias depois de expirar o acordo do mar Negro, Moscovo voltou a bombardear, nesta quarta-feira, o porto de Odessa. Segundo Kiev, 60 mil toneladas de cereais terão ficado inutilizadas neste ataque e atingiu ainda outras infraestruturas do porto de Odessa.

Pelo menos duas pessoas ficaram feridas esta madrugada, nesta cidade costeira do mar Negro. Em Odessa e no resto da Ucrânia, as autoridades falam mesmo em “noite infernal”.

Os alertas soaram durante horas e a defesa antiaérea não terá conseguido intercetar as dezenas de drones e mísseis de cruzeiro lançados por Moscovo.

Kiev diz que precisa de 300 blindados e 80 F-16

Em solo ucraniano, o ministério russo da Defesa reivindicou esta quarta-feira a conquista de uma estação de caminho de ferro, na região de Kharkiv, e avanços em Bakhmut, no Donbass.

Na frente leste, as forças ucranianas continuam também a reclamar conquistas territoriais.

A presidência ucraniana prevê oficialmente que a contraofensiva será longa e difícil e diz que precisa de 300 blindados e 80 caças F-16 para expulsar os russos do país.

Confirmou, entretanto, outro ataque, mas a uma base militar da Crimeia. A explosão, seguida de um violento incêndio, obrigou à retirada de 2 mil pessoas na península anexada.

É o próprio presidente russo que considera esta guerra como uma história difícil para os soldados que nela participam.

Prigozhin com combatentes russos na Bielorrússia

Contra Putin, ouviu-se de novo a voz de Yevgeny Prigozhi, num vídeo partilhado nas redes sociais. Não se sabe quando foi gravado, mas o líder do grupo Wagner saúda a deslocação dos mercenários para a Bielorrússia.

Prigozhin declara que é uma vergonha o que acontece nas linhas da frente da Ucrânia e diz que é um conflito onde seus combatentes não devem já participar.

Não se conhece oficialmente o paradeiro de Prigozhin desde a rebelião de 24 de junho.