Guerra Rússia-Ucrânia

Ponte na Crimeia e instalações militares são "alvos oficiais" da Ucrânia

O ministro da Defesa ucraniano, Oleksii Reznikov, diz que "é normal" destruir linhas de logística do inimigo para impedir a capacidade de obter mais munições, mais combustível ou mais alimentos.

Ponte na Crimeia e instalações militares são "alvos oficiais" da Ucrânia
ALEXEY PAVLISHAK

O ministro da Defesa ucraniano, Oleksii Reznikov, afirmou que a ponte Kerch, na Crimeia, assim como as instalações militares nesta península anexada pela Rússia, são "alvos oficiais" das forças armadas ucranianas.

"Todos estes alvos são objetivos oficiais porque reduzirão a capacidade de luta [dos militares russos] contra nós, ajudando a salvar a vida de ucranianos", declarou o ministro da Defesa ucraniano à televisão norte-americana CNN.

"É uma tática normal destruir as linhas de logística do inimigo para impedir a sua capacidade de obter mais munições, mais combustível ou mais alimentos. É por isso que utilizaremos estas táticas" contra os russos, disse Reznikov, referindo-se à ponte Kerch.

Por outro lado, Reznikov também voltou a acusar a Rússia de atuar como um "Estado terrorista", após os últimos ataques contra vários armazéns de cereais ucranianos, que aconteceram dias depois de Moscovo ter decido não estender o acordo de exportação de cereais ucranianos a partir dos portos do Mar Negro.

O Governo russo justificou estes ataques como retaliação aos atentados realizados contra algumas das suas instalações estratégicas, como a ponte Kerch.

Reznikov garantiu que os russos "estão a lutar contra a população civil ucraniana".

Segundo o ministro da Defesa da Ucrânia, é por isso que os ucranianos classificam os russos como "saqueadores, violadores e assassinos".

Há uma semana, um dos trechos da ponte Kerch, que liga a península da Crimeia à região russa de Krasnodar, foi atingido por vários 'drones', num ataque que deixou dois mortos.

A Ucrânia evitou assumir a responsabilidade pelo ataque e chegou mesmo a acusar a Rússia de tê-lo cometido. Moscovo, entretanto, denunciou Kiev como responsável pelo incidente na ponte na Crimeia.

A península ucraniana da Crimeia foi anexada à Rússia em 2014.