Guerra Rússia-Ucrânia

Análise

"Rússia tentou interferir nas eleições espanholas"

"A Rússia tentou interferir nas eleições espanholas. Há indicações, no fim de semana, através de ataques informáticos", revela o comentador da SIC, Germano Almeida.

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A análise do comentador da SIC, Germano Almeida, aos últimos desenvolvimentos da guerra na Ucrânia, com destaque para o novo pacote de ajuda dos EUA, o fim do acordo dos cereais e a alegada tentativa de interferência da Rússia nas eleições espanholas.

Os Estados Unidos anunciaram um novo pacote de ajuda à Ucrânia no valor de 400 milhões de dólares (cerca de 360 milhões de euros). A ajuda norte-americana inclui mais sistemas de defesa aérea.

"É mais uma ativação de um total que já vai em 41.000 milhões de dólares de ajuda militar à Ucrânia. Estamos a falar de 80%, mais ou menos, do total. É essa a importância dos Estados Unidos e por isso também percebemos como é tão importante o que vai acontecer nas eleições presidenciais do próximo ano", explica Germano Almeida.

“Rússia tentou interferir nas eleições espanholas”

Em relação ao apoio internacional à Ucrânia, o comentador da SIC diz que "a Espanha avança também com mais um apoio militar, naturalmente mais pequeno que os Estados Unidos, mas também com o Leopard".

Em relação a Espanha, Germano Almeida revela ainda uma informação inesperada:

"Temos vindo a falar das eleições espanholas nos últimos dias, a Rússia tentou interferir nas eleições espanholas".

"Há indicações, no fim de semana, através de ataques informáticos e, portanto, a Rússia não está distraída em relação ao que se passa nas nossas cidades europeias".

Fim do acordo dos cereais

Com o fim do acordo dos cereais, a Rússia está a concentrar os ataques em Odessa, avança o Ministério da Defesa britânico. Moscovo garante que não estão a decorrer negociações para a retoma do acordo de cereais.

"Depois de ter quebrado o acordo para a exportação de cereais. A Rússia dá três sinais nos últimos dias. Primeiro, ao não renovar o acordo de cereais, diz que não foram cumpridas os pressupostos das primeiras renovações do acordo.

Depois dá outro sinal ao bombardear os portos ucranianos do Mar Negro, não só Odessa mas também de Chornomorsk, e quer fazer tudo para impedir algum tipo de solução à margem da Rússia, de continuação do acordo.

E em terceiro, estrangular a economia ucraniana, o escoamento dos cereais é muito importante, nomeadamente para a situação a Sul da Ucrânia".

Contraofensiva “não está a correr bem”

Germano Almeida aborda também a questão da contraofensiva ucraniana: “Uma maratona era expectável, mas mesmo assim não podemos dizer, não podemos disfarçar e de facto não está a correr bem”.

Os serviços secretos ucranianos confirmam que lançaram ataque com drones contra Moscovo e três ataques ucranianos na Crimeia que podem ser “o prenuncio da segunda fase da contraofensiva”.